terça-feira, 5 de outubro de 2010

Algumas Curiosidades sobre Sexualidade



• Sexo e felicidade andam juntos: Mulheres satisfeitas sexualmente são mais felizes, de acordo com um estudo. Ainda não se sabe se o sexo faz com que elas fiquem mais felizes, ou se as mulheres felizes têm mais relações sexuais, mas o resultado é positivo. Para Susan Davis, pesquisadora da Universidade de Monash, na Austrália, a libido, definitivamente, afeta como elas se sentem, assim como seus relacionamentos.
• Prazer pode causar complicações: Homens que são muito ativos sexualmente entre os 20 e 30 anos – especialmente os que se masturbam com frequência – teriam maior risco de desenvolver câncer de próstata, de acordo com um estudo da Universidade de Nottingham. Mas outro estudo realizado na Austrália sugere exatamente o contrário.
• Sexo tem cheiro: O suor de um homem cheira diferente quando ele está excitado e as mulheres reconhecem esta diferença, de acordo com um estudo publicado pelo “The Journal of Neuroscience”.
• Sexo não tem idade, para alguns: Mais de três quartos da população idosa está fazendo sexo, ao contrário do que é esperado pelo senso comum. Um novo estudo, publicado pela “New England Journal of Medicine”, em 2007, descobriu que mais da metade dos idosos entre 75 e 85 anos têm relações sexuais, ao menos, duas vezes por mês.
• Culpa independe de gênero: Nada daquela história de que homem não se importa ao trair. Eles se sentem mais culpados após serem infiéis, enquanto as mulheres se sentem mal por isso. "Se alguém pressupõe que todos estão preocupados com a questão da infidelidade do que ele, consequentemente se sentirá culpado”, diz a pesquisadora Maryanne Fisher, da St Mary's University, no Canadá.
• Eles têm vida sexual maior: Em média, homens vivem menos do que as mulheres mas, quando se trata de vida sexual eles têm vantagem. Aos 55 anos, os homens apresentam cerca de 15 anos a mais em relações sexuais do que elas, que tem mais 10 anos ativos.
• Alongadores penianos podem funcionar: De acordo com um estudo da Universidade de Turim, na Itália, diz que este tipo de artigo pode funcionar. Mas, no entanto, a maior parte de depoimentos e artigos sobre o tema são falsos.




Texto baseado na reportagem de:
http://msn.bolsademulher.com/sexo

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Descoberto gene que pode ser a causa da infertilidade masculina

Uma alteração genética poderia esclarecer alguns casos inexplicáveis de infertilidade masculina , segundo revela uma pesquisa do Instituto Pasteur, da França, e da University College, de Londres.

Mutações no gene NR5A1 foram encontradas numa pequena porcentagem de homens estéreis, informa a revista American Journal of Human Genetics. Os cientistas asseguram que o descobrimento poderia ajudar os médicos a tratar dos homens com a enfermidade.

Na maioria dos casos, os médicos não conseguem encontrar nenhuma causa para a infertilidade masculina, apesar de isso representar 50% das situações em que casais têm dificuldade para a concepção. A infertilidade masculina parece ser mais comum em certas famílias e isso leva os cientistas a crer que pode haver uma base genética em alguns casos, mas só foram encontradas pequenas mutações genéticas que poderiam ser responsáveis pela enfermidade.

Na pesquisa mais recente se observou o gene que se sabe estar envolvido no desenvolvimento sexual, tanto em homens quanto em mulheres – defeitos no NR5A1 foram relacionados com defeitos físicos no desenvolvimento de testículos e ovários.

As descobertas sugerem que, inclusive sem haver evidência física do problema, os defeitos no gene poderiam afetar a capacidade de produção de esperma.

Na pesquisa, se estudou o gene em 315 homens aparentemente sadios, que têm uma inexplicável incapacidade de produzir esperma. Foram encontradas mutações no gene em apenas sete homens do grupo.

Um exame mais detalhado revelou que os homens tinham níveis alterados de hormônios sexuais. Um dos casos apresentava anomalias leves na estrutura celular dos testículos.

"Chegamos a conclusão de que aproximadamente 4% dos homens com uma inexplicável falha na produção de espermatozóides são portadores de mutações no gene NR5A1", disseram os autores da pesquisa.

Ainda que a descoberta possa definir uma pequena proporção de homens estéreis, outros especialistas crêem que pesquisas similares poderiam ajudar a construir uma imagem mais clara da origem da enfermidade.

Allan Pacey, professor de andrologia da Universidade de Sheffield, disse que ainda se sabe "vergonhosamente pouco" sobre a genética por trás da infertilidade masculina. "Devido a complexidade do processo de produção de espermatozóides, é provável que muitos genes estejam envolvidos e portanto que se possa encontrar defeitos genéticos vinculados à infertilidade."

"Apesar de que este defeito genético afete apenas a um pequeno número de homens, precisamos de mais estudos para que possamos preencher as lacunas de nosso conhecimento e possivelmente um dia construir uma prova sólida de diagnóstico da infertilidade masculina baseado na genética", disse Pacey.


Texto retirado de Veja Online (01/10/2010)
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberto-gene-que-pode-ser-a-causa-da-infertilidade-masculina

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Infertilidade


Desde muito cedo em seu desenvolvimento, muitas pessoas constroem um projeto de vida: crescer, encontrar um par amoroso e com ele dar início a uma nova família, e nesse contexto, diferentes motivações podem dar origem ao desejo de ter um filho. O fato do desejo de maternidade e paternidade estar intimamente relacionado com as vivências singulares de cada pessoa indica que a experiência emocional da infertilidade igualmente terá um caráter eminentemente singular.
O alto valor colocado na família motiva os casais a se unirem, desta maneira, a inabilidade para realizar essa tarefa coloca o casal que não consegue conceber sob forte pressão. O pressionamento social e parental para propagar o nome da família coloca um grande peso sobre casais inférteis. O conceito de si mesmo se vê constituído sob o escudo da desvalia e da incapacidade, chegando os indivíduos a se verem como defeituosos. A infertilidade pode ser sentida e vivida como um evento traumático para os casais, talvez o evento mais estressante de suas vidas.
Mas o que é infertilidade? Infertilidade é a falta de gravidez após um ano de relações sexuais sem nenhum método de anticoncepção. Estima-se que entre 60 e 80 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentem dificuldades com seus projetos parentais. Esse índice pode atingir aproximadamente 20% dos casais em idade reprodutiva.
A infertilidade é capaz de provocar efeitos devastadores tanto na esfera individual como conjugal e desestabilizar as relações do sujeito com seu entorno social, podendo ocasionar um decréscimo na qualidade de vida, podendo desencadear severas perturbações nas esferas emocional, da sexualidade e dos relacionamentos conjugais.



• Farinati, Rigoni & Muller, 2006.
• Badalotti & Petracco, 1997.
• Drosdzol & Skrzypulec, 2009.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sexo Ocasional



Recebi esse vídeo de uma amiga mestranda em Sexologia, enfermeira, com experiência de trabalho na África. As entrevistas são feitas em Angola. Achei interessante dividi-lo através de um post aqui no blog.

Atualmente, os valores tradicionais para o amor, casamento e sexo não dão mais respostas, e surgem novas formas de pensar e viver. O amor romântico está em crise, o casamento sai de cena e entra os relacionamentos abertos e o sexo passa a ser ocasional (ou casual). O que é mesmo sexo ocasional? Acredito que a primeira palavra que vem a mente é descompromisso. Sexo ocasional é realmente sexo descompromissado, livre de comprometimento em relação a um relacionamento. As pessoas sentem-se livres. É intimidade sexual através do prazer imediato, que não dá direitos, não determina obrigações e tampouco envolvimento amoroso. Caso o envolvimento aconteça, será posterior às trocas sexuais. Cabe ressaltar que por mais descompromissado que seja o sexo, é importante nunca fugir do compromisso que temos com nossa saúde sexual!

Com certeza, essa é uma discussão que não tem fim. E mais do que uma questão de sexualidade, este vídeo é uma questão lingüística e antropológica. Qual é sua opinião a respeito?

terça-feira, 13 de julho de 2010

Uma breve 'pincelada' nas determinantes da perspectiva biológica para a TRANSEXUALIDADE


Para Saadeh (2004), desde pesquisas mais recentes, que envolvem comportamento animal e evolução, até as que relacionam genética e dimorfismo cerebral, todas se baseiam apenas em hipóteses. Historicamente há duas linhas de pesquisa com determinantes na perspectiva biológica: uma que envolve fatores hormonais e outra que busca alterações genéticas e/ou cromossômicas.
A exposição a hormônios sexuais intra-uterinos parece afetar de forma mais significativa os fetos do sexo feminino, o que implica em uma forma atípica de hiperplasia adrenal congênita que aumentaria a produção de andrógenos do feto com conseqüente virilização e efeitos posteriores no comportamento dessas pessoas (Ferreira, 2001). Também temos a resposta anormal do hormônio luteinizante (LH) em homens homossexuais. Haveria uma resposta atenuada após uma injeção de estradiol (hormônio feminino), semelhante ao que se observa em mulheres. A teoria do estresse pré-natal traz que as mães de feto masculino, submetidas a estresse prolongado inibiria a produção de esteróides sexuais fetais, impedindo assim a masculinização (Ferreira, 2001).
Através da influencia da testosterona na função e estrutura cerebral, há observações de que transexuais geneticamente masculinos e homens apresentam diferentes padrões de lateralização auditiva, ou seja, a lateralização auditiva dos transexuais geneticamente masculinos exibe padrões similares ao das mulheres, acrescentando evidencias à hipótese de que a influencia neuroendócrina na modulação da assimetria funcional cerebral não é necessariamente determinada no cérebro perinatal. Essa linha de pesquisa a passou a ser fundamental nos últimos anos (Saadeh, 2004). Outros estudos demonstram as diferenças de tamanho de núcleo cerebral (núcleo intersticial anterior hipotalâmico) entre homens heterossexuais e mulheres e homens homossexuais. O cérebro dos homens homossexuais seria mais semelhante estruturalmente ao das mulheres que ao dos homens heterossexuais (Ferreira, 2004).
As pesquisas genéticas e cromossômicas ainda representam um campo em desenvolvimento, há poucos relatos científicos descrevendo anomalias cromossômicas em transexuais. A ocorrência de transexualismo entre irmãos, familiares e mesmo gêmeos (monozigóticos e dizigóticos) é rara. Há alguns relatos na literatura, contudo são pouco conclusivos quanto a uma causa genética (Saadeh, 2004).
E como podemos ver, nenhuma das teorias de perspectivas biológicas conseguem explicar de fato a transexualidade, claro que nenhuma deve ser descartada, contudo, como afirma Saadeh (2004), não passam de hipóteses. Mesmo sem respostas a etiologia da transexualidade, como podemos atenuar o sofrimento das pessoas com esse alto grau de perturbação de identidade de gênero?
O sofrimento pode ser atenuado através de psicoterapia, terapia hormonal e cirurgia de redesignação sexual. Saadeh (2004), acredita que o tratamento baseado no tripé (psicoterapia, hormonoterapia e cirurgia) alivia a disforia e resolve questões relativas à identidade de gênero. Lins & Braga (2005), trazem que a cirurgia para troca de sexos é a única ponte e a mais utilizada para alterar o “equívoco da natureza” e seu resultado prático nem sempre é excelente, todavia a compensação psicológica faz valer a pena. Já para Ferreira (2001), o tratamento dos transtornos de identidade sexual não tem até o momento, linhas de orientação precisas e aceitas por todos que se dedicam à terapia sexual.
Quando o desejo é trocar o sexo, antes da cirurgia de reatribuição de sexo, a pessoa é acompanhada por psicoterapia e, é necessário viver durante 2 anos, em tempo integral, no papel do sexo oposto. Contudo, pensando nos diversos graus de disforia quanto ao gênero, alguns pacientes podem se beneficiar de terapias que estimulem uma melhor aceitação de sexo biológico. Não podemos ainda esquecer do apoio familiar, do(a) parceiro(a) e da competência da equipe de atendimento.





quinta-feira, 10 de junho de 2010

Anodispareunia: Uma nova disfunção sexual?


Anodispaurenia foi um termo proposto para denotar uma disfunção sexual que inclui a percepção da dor durante o sexo anal receptivo, sendo avaliada em homens que fazem sexo com homens e comparada a dispareunia feminina. Apesar de disto, as evidencias sugerem que o sexo anal entre as pessoas tanto homossexuais como heterossexuais é uma forma cada vez mais predominante de expressão sexual, constituindo uma saciedade sexual normal, contudo dentro dos domínios da sexualidade anal permanece um enigma para muitos, tanto terapeutas como pacientes (Hollows, 2007). O artigo de Hollows (2007) propõe uma revisão dos aspectos comuns da sexualidade anal e explora elementos em torno da conceituação de dor anoreceptiva como uma disfunção sexual em detalhes. O autor mostra-se contra o uso de conceitos derivados da heterossexualidade quando se trabalha com homossexuais e tem clara a idéia da falta de evidencias de boa qualidade sobre a etiologia e as seqüelas da dor durante o coito anoreceptivo em pessoas de qualquer sexo ou orientação sexual.
Damos e Rosser (2005), pesquisaram uma amostra de 404 homens que tinham sexo com homens. Destes, 55 (14%) relatavam anodispareunia, com dores freqüentes e graves durante o sexo anal receptivo. A maioria dos homens com anodispareunia descreveu sua dor como adquirida ao longo da vida, como conseqüência a experiência do sofrimento psicológico e o evitamento de sexo anal por alguns períodos de tempo. Estes homens com anodispareunia relataram que os fatores psicológicos foram as principais causas que contribuíram para a dor. Contradizendo com estes resultados o mito de que a dor é uma conseqüência necessária do sexo anal receptivo e mostrando que a anodispareunia é semelhante à dispareunia em mulheres em termos de prevalência, fatores contribuintes e conseqüências para a saúde mental.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Encontros na Sexualidade Feminina



Encontro que acontece hoje, dia 05 de maio de 2010, em Lisboa. O evento contará com a participação da Professora Doutora Leonore Tiefer, além de reunir profissionais que se dedicam a intervir e investigar sobre a sexualidade feminina em diversos contextos.
Entre os temas de reflexão que serão abordados, destacam-se:
Género, educação e sexualidade
A mulher nas relações lésbicas
Contracepção e sexualidade
Sexualidade e doença crónica
As dificuldades sexuais nas palavras das próprias mulheres
Sexualidade na Mulher com VIH

Com certeza será um grande Encontro!



quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tratamento da Disfunção Erétil

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A Disfunção Éretil


Hoje, vamos falar sobre a Disfunção Erétil. Um problema comum do sexo masculino, porém pouco tratado. O maior estudo realizado sobre a tema até então, mostrou que 52% dos homens com idades entre 40 e 70 anos apresentam algum grau de DE (The Massachusetts Male Aging Study, 1992). O estudo, porém foi realizado em 1992, e provavelmente, muitos dados se alterariam para os dias atuais.
Disfunção Eretil é a incapacidade persistente, com mais de 3 meses de duração, para atingir e manter uma ereção peniana que permita uma relação sexual satisfatória (NIH Consensus Development Panel on Impotence, 1993). É uma situação médica normal, e está divida em: completa, moderada e ligeira. Porém alguns autores dividem em: primária, secundária, situacional, total e parcial.
A ereção peniana é determinada por um complexo mecanismo multifatorial, que envolve fatores penianos, hormonais, neurológicos, vasculares e psíquicos. O cérebro por diversos mecanismos complexos tem o potencial de modular a ereção. Os estímulos visuais, auditivos, olfativos e imaginativos são capazes de determinar resposta a ereção. E outras respostas a distúrbios do psiquismo, podem afetar positivamente ou negativamente o desempenho sexual masculino. A ação hormonal interfere mais com a libido e com o interesse sexual, do que com a ereção peniana propriamente dita.
DE pode ser uma doença isolada ou apenas o sintoma de outra patologia, seja vascular, neurológica, endócrina, psíquica ou decorrente de uma lesão da própria estrutura peniana. A prevalência de DE aumenta com a idade, mas não é necessariamente uma conseqüência da idade. Está relacionada a fatores de risco de aterosclerose (tabaco, hipertensão, dislipidemia), diabetes, hábitos sociais (tipo de vida, álcool, drogas), uso e consumo de medicamentos, traumatismos e cirurgias, angustia e depressão, doenças crônicas.
A DE resulta do desequilíbrio entre o psiquismo normal, a adequada circulação no pênis, a apropriada função do SNA e o sistema endócrino funcionante. Divide-se em: orgânica, psicogênica e mista. Psicogênicas quando há inibição dos mecanismos centrais da ereção, não devido a problemas físicos. As disfunções orgânicas estão relacionadas á uma inadequação da circulação peniana, inapropriada função do SNA e/ou do sistema endócrino. As causas psicogênicas estão geralmente ligadas a stress, ansiedade e transtornos. As causas orgânicas podem se relacionar a: Diabetes, Síndrome Plurimetabólica, Etilismo Crônico, problemas vasculares, hormonais ou ainda decorrentes do uso de medicamentos (hipertensivos, antidepressivos, ansiolíticos, beta bloqueadores, etc.) e drogas. DE é de causa mista quando as disfunções de causas orgânicas acometem a auto-estima e bem-estar do paciente, trazendo-lhe problemas psicológicos.
Em algumas situações a DE pode ter um impacto dominante na saúde física e psicológica do doente, do casal e da família. Assim também pode ter repercussão social e profissional muito intensa, causando ansiedade, depressão, baixa auto-estima, perda de autoconfiança, sentimentos de culpa e de rejeição.
Disfunção Erétil é um problema com solução, pois atualmente há uma grande variedade de opções terapêuticas eficazes (tema da próxima postagem). Contudo, paradoxalmente, é muito baixa a taxa de doentes disfuncionais que recorrem ao medico. De 90 a 95% dos homens com DE não são tratados, pois muitos pacientes sentem vergonha em falar de problemas de potencia sexual com o seu médico. Muitos desconhecem que existem vários tratamentos para impotência sexual, outros acreditam que a diminuição da potencia é algo natural com a idade. Muitas vezes a DE é subdiagnosticada devido à relutância dos doentes, e dos responsáveis pela saúde, em discutir a função sexual e a sexualidade. Cabe lembrar que a DE é um importante problema de saúde pública.





quarta-feira, 14 de abril de 2010

Todo amor que houver nessa vida..

É porque romantismo não faz mal a ninguém....

Eu quero a sorte de um amor tranqüilo

Com sabor de fruta mordida
Nós, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia...
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno
anti-monotonia...
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio
O mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria...







quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dia Mundial da Saúde - 7 de Abril


Em 1950, a Organização Mundial de Saúde criou o Dia Mundial da Saúde, que é comemorado todo dia 7 de abril, com ações que visam chamar a atenção da população de todo o mundo para a qualidade de vida.
Este ano o tema escolhido é "1000 Cidades, 1000 Dias", que coloca em discussão os efeitos da urbanização desenfreada para a saúde das população.
Aqui no blog vamos comemorar esse dia tão importante falando sobre sexualidade e qualidade de vida.

A Organização Mundial de Saúde aponta a sexualidade como um aspecto fundamental na qualidade de vida de qualquer ser humano, estando patente em tudo o que somos, o que sentimos e o que fazemos; por outro lado, apresenta a saúde sexual como uma experiência processual que comporta bem-estar físico, psíquico e sociocultural. Portanto, o impacto dos problemas de ordem sexual na pessoa saudável e no casal varia entre a infelicidade, a frustração e a perda de auto-estima, afetando a essência do relacionamento e a esfera social e ocupacional; visto a sexualidade ter assumido papel tão preponderante no cotidiano dos indivíduos e na construção de uma estrutura sólida nos relacionamentos interpessoais.
Para assegurar o direito do homem a partilhar uma sociedade com um desenvolvimento saudável ao nível das questões sexuais, a Associação Mundial de Sexualidade, com o apoio da Organização Mundial de Saúde, emitiu a Declaração dos Direitos Sexuais onde são evidentes:
- o direito à liberdade de expressão sexual
- o direito à autonomia sexual, à integridade sexual e à segurança física
- o direito à privacidade sexual
- o direito à igualdade sexual
- o direito ao prazer sexual
- o direito à expressão sexual com emoções
- o direito à união sexual
- o direito à tomada de decisões relativas à reprodução e à contracepção
- o direito à informação científica
- o direito à educação sexual
- o direito à saúde sexual
Quando se refere às pessoas com incapacidades, assegura uma postura de igualdade de direitos e determina que, dado que esses indivíduos possuem necessidades especiais e podem estar em situação de vulnerabilidade biopsicosocial, a sua educação sexual deve ser prioritária.
Diante da importância da sexualidade para nossa qualidade de vida, vamos aproveitar o dia de hoje para refletir sobre como estamos cuidando da saúde sexual, o que podemos fazer para melhorar, como estamos vivendo sexualmente,...



Organização Mundial da Saúde (1993). Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artmed.
World Association for Sexology (1999). Declaration of Sexual Rights – Adopted in Hong Kong at the 14th World Congress of Sexology, Agosto [em linha]. Disponível em http://www.siecus.org/inter/inte0006.html.
World Health Organization (2004). Sexual health – a new focus for WHO. In: Progress in reproductive health research, Nº 67 [em linha]. Disponível em http://www.who.int/reproductive-health/hrp/progress/67.pdf
Garrett A, Teixeira Z (2006). A utilização do modelo Plissit na abordagem da sexualidade do lesionado vértebro-medular por trauma. Revista FCHS – Universidade Fernando Pessoa; 3(1).

sábado, 3 de abril de 2010

15 Regras para Mulheres Casadas

Estava lendo um artigo divertido no site do msn e resolvi traduzí-lo livremente aqui no blog. Como preservar a magia do amor e mantê-lo forte a partir de frases de comediantes, revistas musicas, etc...Essas regras são simples, divertidas e fáceis e creio que seguindo todas o amor permanece por muito tempo...

1. Um Pouco de Privacidade Preserva um Bom Caminho - Banheiros Separados!

2. Mantenha as Desavenças Com Vocês - Minha avó sempre disse para minha mãe, e ela disse para mim:  "Não me conte sobre as brigas que vc tem com seu marido, porque quando voces resolvem ir para a cama resolvê-los, no dia seguinte eu que sou má!

3. AAA- Alimentar, acarinhar, amar. Oh espere, essa é a relação que eu tenho com meu cachorro! Mas ainda assim se aplica!

4. Sejam Amigos- O Amor que não tem amizade, é como uma mansão construída sobre a areia.

5. Não Sejam Grudados- Precisa haver espaço na relação.

6. Mentiras Não São Prósperas- Quando você tem uma família, e você a engana, vc engana a todos, inclusive seus amigos.

7. Desestresem- se Juntos - Sexo alivia a tensão. Woddy Allen

8. Mantenha - Uma vez perguntei a uma senhora, como ela fazia para ter ficado casada por tanto tempo. Ela me respondeu: " Nós nunca nos apaixonamos tanto ao mesmo tempo". Eu amo isso porque não importa o quanto queremos negá-lo, há momentos em que queremos lançar nossos namorados ou maridos ao mar - e vice versa. Mas enquanto alguém está tentando você não pode fazer isso.

9. Reconhecer - Sempre que você estiver errada adimita, e sempre que você estiver certa, cale-se.

10. Faça Tempo Para o Romance - Um orgasmo por dia, mantém o médico distante. Mae West

11. Para Ter e Manter - Coloque o outro acima de qualquer coisa.

12. Opiniões Diferenetes Estão Ok! - Você não precisa pensar tanto, para amar tanto.

13. Evite Ataques Pessoais - Um amigo me disse uma vez que se você for discutir com seu marido (e vai), nunca faça ataques pessoais. Fique no assunto; existem coisas que nunca podem ser trazidas de volta.

14. Não Traia ou Engane ( dá no mesmo) - Quando você deicide ficar junto, você tem que ficar junto. Não pode enganar. Você quer enganar! Não pode enganar. Morrendo de vontade de enganar, não pode enganar. Não posso esperar para enganar! Não posso enganar. Alguns caras tem que ir pra reabilitação por enganar. Mas você não pode enganar.... Quer saber porque? Porque você vai ser pego, não me importa quem você é (mesmo) que você seja o 007 você vai ser pego. E você não quer ser pego. Cris Rock.

15. Saiba das suas Prioridades - Faça as brigas limpas, e o sexo sujo. glamour.com


É isso aí, vou anotar todas as regras e carregar sempre comigo, hehehe. Vamos amar muitooooooooooooooooo.... Curtam seus maridos, namorados, ficantes, namoridos, etc. etc. etc. Ah e as regras valem pra eles tb!!!Grande Beijo e Feliz Pácoa

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Pulseiras do sexo

Faz um tempo que ouço falar dessas tais pulseiras do sexo, e fui pesquisar na internet o significado delas. Hoje achei na Folha de São Paulo uma matéria pequena sobre o assunto, mas com a valiosa opinião da psicóloga Roseli Saião. Quem quiser opina ai sobre o tema.... Um tanto quanto polêmico, só acho que proibir simplismente não adianta nada, tem sim que orientar, a adolescência é uma fase cheia de descobertas e elas tem que ser orientadas sim... e vcs, o que acham??




segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher

Parabéns Mulher!


Porque ser mulher é especial e essencial!!






domingo, 7 de março de 2010

Para saber: HPV

Encontrei no site da revista Saúde é Vital, um especial sobre HPV, e como saúde e informação são vitais para uma vida sexual feliz, resolvi postar aqui no blog as informações publicadas no site:
O papilomavírus humano não é apenas um vírus, mas uma família inteira deles – são aproximadamente 150 tipos. Algumas versões, que não necessariamente são transmitidas sexualmente, causam verrugas na palma das mãos e na planta dos pés. “Outras levam a uma lesão precursora de câncer na região genital”, diz o dermatologista Hélio Miot, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. E são esses últimos tipinhos, com predileção pelas partes baixas, os mais preocupantes. “Hoje o HPV é a principal doença viral transmitida pelo sexo. E ele está envolvido em praticamente todos os casos desse tumor”, afirma Luisa Lina Villa, diretora do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer, em São Paulo. Se isso parece não ter nada a ver com você, saiba que oito entre dez mulheres sexualmente ativas contraem pelo menos um tipo do papiloma ao longo da vida.
Além do útero: Os tipos mais perigosos, chamados de alto risco, podem estar relacionados, em menor freqüência,a tumores de ânus, pênis, vulva, boca e até faringe.
O contato sexual é a maneira mais comum de contágio. E bastante atenção: inclua aí preliminares e sexo oral. Basta o reles atrito com a mucosa infectada, da mão, da boca ou dos genitais, para o vírus fazer mais uma vítima. “Entre uma e três relações sexuais sem penetração é o suficiente para se contaminar”, alerta Luisa Lina Villa. Repetindo: sem penetração. Toalhas, roupas e superfícies como a tábua do vaso sanitário também favorecem a transmissão do vírus. Mas a contaminação por objetos, embora possível, é raríssima.
Algumas medidas são indispensáveis para fugir da cilada do HPV: evitar ter vários parceiros e usar camisinha. Ela só não garante 100% de proteção porque não cobre toda a superfície de contágio.
Mas, para os especialistas, de longe a arma mais eficiente contra o HPV é a vacinação, hoje recomendada para uma faixa mais ampla de idade, que vai de meninas de 9 a mulheres de 45 anos . São três doses – cada uma custa em torno de 400 reais – e o ideal seria que elas fossem tomadas antes mesmo da iniciação sexual, quando ainda não houve contato com o vírus. A eficácia da vacina é alta: 95% de sucesso no combate aos principais causadores de câncer e, no caso da quadrivalente, proteção também contra os que mais provocam verruga genital. “Estudos já mostram os benefícios da vacinação em pessoas com mais de 26 anos e até em homens”, revela Thomas Broker, presidente da Sociedade Internacional de Papilomavírus. Ou seja, é muito provável que, em breve, ela também seja aplicada nesses públicos.
Tomar a vacina não exclui a necessidade de manter-se fiel aos procedimentos rotineiros de prevenção e detecção do vírus. Veja quais são eles:
Papanicolau: Com uma espátula, o médico colhe material do colo do útero e coloca em uma lâmina. Aí, é feita uma análise em microscópio. Não dá para identificar o vírus, mas é possível verificar se há alterações nas células.

Colposcopia: O colposcópio é um aparelho capaz de ampliar 20 vezes a imagem da vagina, da vulva, do colo do útero e do ânus. Para flagrar lesões, um líquido reagente é pincelado na mucosa. No caso dos homens, o exame correspondente é a peniscopia.

Biópsia: Quando os métodos anteriores acusam alguma alteração, retira-se uma pequena amostra do tecido suspeito. Mais uma vez, ela será analisada em microscópio.

Captura híbrida: O material do colo do útero é coletado com o auxílio de uma pequena escova, que, depois, é mergulhada em um líquido desenvolvido para conservar as células. Essa técnica acusa a presença do HPV mesmo se não houver sintomas e determina se o micro-organismo é de alto ou de baixo risco.

Novas técnicas Já estão disponíveis procedimentos que denunciam os subtipos do HPV por meio da análise do seu DNA, apesar de poucos laboratórios oferecerem o serviço. A grande novidade no que diz respeito ao diagnóstico, no entanto, é um teste desenvolvido pelo cientista norueguês Frank Karlsen, especialista em biologia molecular e virologia. Ele consegue mostrar, entre as mulheres infectadas por vírus de alto risco, quais estão mais sujeitas ao desenvolvimento do câncer de colo do útero. “É quase certo que elas terão câncer se o exame der positivo”, disse o médico a SAÚDE!.

Fonte: Nelson Gaburo Júnior, chefe do Laboratório de Biologia Molecular do Diagnósticos da América

Apesar de causar maior estrago nas mulheres, essa família de vírus desaforados não tem preferência sexual. “Nos homens, a contaminação por HPV também é frequente”, conta a epidemiologista Maria do Carmo Costa, do Instituto Nacional do Câncer. Só que, para eles, a higiene é um tanto mais fácil — sem falar que qualquer ferida, por uma questão anatômica, logo salta aos olhos e pode ser tratada depressa.
Entre casais Como o HPV sabe ser discreto – pode permanecer incubado por um ano e às vezes por período indeterminado –, quando ele aproveita uma brecha do sistema imune para se manifestar fica difícil identificar a ocasião em que foi contraído. Daí, apontar o dedo para o parceiro é a primeira reação. “Já vi casais de separarem por isso”, diz a ginecologista Helena Junqueira, do Hospital Santa Joana, em São Paulo.
Segundo Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, é essencial que exista um diálogo sincero, sem essa de um culpar o outro. “O importante é que ambos façam o tratamento adequado e ponto”, enfatiza.



FONTE: http://saude.abril.com.br/especiais/hpv/prevencao.shtml




quarta-feira, 3 de março de 2010

ENTRE AMIGAS: A SEXUALIDADE FEMININA E O PARCEIRO DEDICADO

Ao ler umas matérias sobre sexualidade feminina, das quais compartilharei aqui os principais trechos, deixei de lado a profissional e imaginei uma mulher de vinte e poucos anos, solteira, entre amigas e como toda mulher "bem complexa" fazendo mesma leitura.
O brasileiro tem, em média, três relações sexuais por semana. A freqüência, no entanto, pode variar de acordo com a idade.
• De 15 a 29 anos: quatro ou cinco relações semanais [Isso quando se tem namorado... e olha lá!]
• De 30 a 49 anos: duas ou três relações por semana
• Acima de 50 anos: uma relação por semana ou a cada dez dias
FONTE CARMITA ABDO, COORDENADORA DO PROJETO SEXUALIDADE (PROSEX) DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS.
Se o parceiro se vai ou não existe, não tem dúvida: é preciso apelar para a masturbação. E sem querer (querendo!) está se fazendo o certo. "É um exercício ótimo para a vitalidade dos genitais, especialmente para a mucosa da vagina e da vulva", diz Carmita Abdo. [Ah, e vai viver de masturbação agora!...]. As mulheres não têm botão de liga e desliga. Na hora do prazer na cama, a combinação de alguns detalhes faz toda a diferença. “No pacote pró-sexo, entram autoestima elevada, mente tranquila e bom conhecimento do próprio corpo” [De repente só falta o parceiro...], enumera o psiquiatra e professor de psicologia Alexandre Saadeh. Sem contar uma enxurrada de hormônios e de outras substâncias químicas — além, é claro, de um parceiro dedicado [Olha ele aí!... Mas dedicado?! Mais fácil acreditar em príncipe encantado...], que esteja disposto a estimular pontos estratégicos. Em outras palavras, vários fatores, psicológicos e orgânicos, servem de combustível para acender a vontade de transar na mulher.
Os cientistas estão próximos de soluções para que o termômetro do sexo volte a sinalizar somente tempo quente em quem passa por falta de desejo [E falta de parceiro nada né... Dá-lhe masturbação!]. Uma das novidades é o flibanserin que poderá ser a primeira pílula capaz de estimular o apetite sexual feminino. Sem previsão de lançamento, a Boehringer não tem ainda resultados definitivos sobre a molécula. “Ela modula a disponibilidade de serotonina”, explica Sonia Dainesi, diretora da filial brasileira da empresa. “Essa modulação do neurotransmissor encarregado de promover bem-estar leva a um aumento de dopamina, substância fundamental para instigar o interesse em transar”. Diferentemente das pílulas masculinas que agem quase na mesma hora, o flibanserin levaria de seis a oito semanas para produzir efeitos [Como a mulher é complexa!]. A droga começou a ser estudada pelos cientistas alemães nos anos 1990 [19 anos de estudos ainda não foram suficientes... realmente a mulher é muito superior!] com a promessa de ser um antidepressivo para fazer face a fluoxetina e similares. E, para surpresa geral, o flibanserin mandou as mulheres para a cama [E tinha parceiro disponível?] — para uma boa transa [Está aí o parceiro dedicado...], bem entendido.
Concluindo, Maria Helena Vilela diz: "Sexo só faz bem”. [Ah, isso qualquer um sabe... mas e quando não tem o parceiro (dedicado)? É certo, o problema está nos homens... concordam?]




Matérias retiradas do site: www.saude.abril.uol.com.br





terça-feira, 2 de março de 2010

Casamento X Sexo

Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde revelou que 11% dos casados não fazem sexo há pelo menos um ano, a pesquisa foi realizada com oito mil pessoas entre 15 e 64 anos. O General Social Survey nos Estados Unidos revelou que 15% dos americanos que vivem sobre o mesmo teto não faz sexo entre seis meses e um ano. O que poderia causar isso? Porque o sexo esfria com o casamento? A rotina, a chegada dos filhos, o trabalho, perda do desejo, enfim , uma gama de fatores faz com que o clima esfrie entre os casais. Diferente dos animais, os humanos fazem sexo para obter prazer, a erotização é uma característica de nossa espécie, e é justamente nesta energia que está o elemento chave pra não deixar de existir prazer numa relação a dois. No geral quando o erotismo perde espaço é porque a libido foi vencida pelo dia a dia massacrante. A rotina costuma ser uma das principais razões para o desinteresse pela vida sexual, criar os filhos, pagar as contas, aumentar o patrimônio da família, ser os melhores no trabalho. Enfim, o sexo que antes era prioridade no início da vida afetiva, perde espaço para o cotidiano. Para garantir a comunhão sexual, é preciso compromisso, obviamente não precisa ser tão formal quanto o compromisso de Madonna e seu ex marido Guy: http://www.dailymail.co.uk/tvshowbiz/article-1081160/Madonna-created-marriage-contract-ordered-Guy-devote-time-sex-shout-wife.html, não deve ser encarado como obrigação, porque obrigação é pagar contas, trabalhar, e ninguém deve associar sexo a obrigação, compromisso é algo que se faz de bom grado, de forma consciente, quando um casal planeja ter relações ele reafirma o vínculo erótico. Manter o vínculo erótico,ou seja, o equilíbrio entre a vida doméstica e o erotismo é o grande desafio dos casais de hoje para fazerem pulsar o casamento, ninguém mantem o desejo acesso 365 dias por ano. Há fases em que ele fica adormecido. O importante e essencial é o casal saber resgatar o frisson. O erotismo em casa exige envolvimento, em um delicado balanço entre conhecimento e mistério, intimidade e privacidade, segurança e desconhecido.



Revista Istoé Jul/09 Reportagem de Capa.


www.dailymai.co.uk/tvshowbiz

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Sexualidade e o Cristianismo

As sociedades ocidentais sempre reprimiram o sexo, pressionadas pelas religiões monoteístas, sobretudo pela Igreja Católica, que alimenta o dogma da função meramente reprodutiva. Por outro lado, são sociedades mais abertas, em que as idéias circularam livremente. Mas, há acentos diferentes nos diferentes contextos histórico-culturais, tratando-se da Igreja Católica. Ao longo dos anos, há períodos de diferentes representações. Por isso, temos que estar conscientes dessas diferentes tônicas.
Com tudo, o Vaticano vive sobre o “fio da espada” entre a realidade e o dogma. Seus fiéis, se seguirem a doutrina, só praticarão sexo com a finalidade de procriar. A obra de referencia das religiões ocidentais, a Bíblia, em muitas interpretações trata o sexo como pecado e coisa suja, algo que deve ser expiado. Pode ser isso a causa de tantos episódios sangrentos ligados ao sexo no Antigo Testamento.
Talvez o grande acontecimento na vida privada dos ocidentais, nas últimas décadas de século XX, foi o surgimento de um erotismo totalmente estranho ao sistema cultural judaico-cristão. A cultura judaico-cristã considera o sofrimento uma virtude e o prazer, um pecado. O controle do prazer das pessoas é uma forma de controlá-las. O prazer sexual sempre foi visto como o mais perigoso de todos os pecados, por pertencer à natureza humana e atingir a todos sem exceção. Portanto, é o mais controlado.
Na Idade Média o ato sexual no casamento só era isento do pecado se não houvesse prazer entre o casal. Se o homem desejasse a esposa, estaria cometendo um verdadeiro adultério. E como a mulher desvincularia, então, o orgasmo da procriação? Boa pergunta...
Todavia, nem sempre a Igreja Católica expressa muito bem suas instituições. A Igreja teve uma intuição da ambivalência da sexualidade humana, pois pode esta ser caminho tanto de realização como de frustração, tanto de comunhão como de dominação, tanto de construção como de destruição, dependendo apenas de como trabalhamos nossa sexualidade. E quando ela é vista, compreendida e vivida em profundidade, torna-se um caminho da graça, do amor e da realização humana.
Mas, então, o que ainda há de errado no prazer sexual? Por que ainda existe tanta repressão? Uma explicação possível está no fato de que, quanto mais o individuo vai ampliando , aprofundando e diversificando sua vida sexual, mais coragem ganha para fazer outras coisas, questionar outros valores. Vive, assim, com maior vontade e decisão. O que pode ser tornar perigoso. Com as grandes transformações na moral sexual, homens e mulheres passaram a não acreditar mais, conscientemente, no ato sexual como um pecado. Mas, há muita coisa ainda no inconsciente e o sexo continua sendo um problema complicado e difícil, com muitas dúvidas. Ainda se acredita que o sexo é uma coisa impura e nada humana. Enfim, não foram poucos os séculos de repressão.
Não há duvidas que o legado deixado a nós pela Bíblia é decisivo, extenso e forte, que perpetua ao longo de nossa história mesmo depois de mais de 3000 anos do início de sua escrita. Significá-la até hoje é um exercício indecifrável, para poucos, se é que há alguém que, realmente, foi capaz disso. Precisamos lembrar que Jesus nos ensinou sobre o amor, nada mais sublime que desfrutar do amor puro e verdadeiro, mesmo que para isso haja o desejo carnal e a completude através da realização do ato sexual. Afinal de contas, Deus nos fez seres sexuados!



Gaiarsa JA. Poder e prazer. Ágora, 1986.
Moser A. Religião e seus posicionamentos. In: Giumbelli, E. (Org.). Religião e Sexualidade: convicções e responsabilidades. (p. 21-25). Rio de Janeiro: Garamond, 2005.
Lins RN. & Braga F. O livro de ouro do sexo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Entrevista com Helen Fischer para a Revista ÉPOCA

- Os laços do orgasmo

Antropóloga explica por que o clímax reforça o vínculo entre os parceiros
Autora do livro Why We Love, lançado nos Estados Unidos, a antropóloga Helen Fischer revela como o prazer sexual moldou a espécie humana.

HISTÓRIA - Helen Fischer examina a evolução do êxtase


ÉPOCA - Qual o papel do orgasmo?

Helen Fischer - Para os homens, fica claro que é para levar o sêmen à vagina. Teoricamente as mulheres podem procriar sem orgasmo. Alguns biólogos acham que o orgasmo feminino não representa nenhuma vantagem evolutiva, como os mamilos no homem. Já eu tenho outro ponto de vista.

ÉPOCA - Qual é então a função do orgasmo feminino?

Helen - A incerteza de que ele venha a acontecer é fascinante. Alguns pesquisadores vêem nisso um mecanismo defeituoso. Creio que é exatamente na incerteza que reside a vantagem evolutiva.

ÉPOCA - Que vantagem?

Helen - O orgasmo é uma das experiências sensoriais mais bonitas. As mulheres dão preferência aos homens com as quais chegam ao ápice. O orgasmo é um instrumento para as mulheres medirem a devoção do parceiro. Um homem que pacientemente a ajuda a chegar ao clímax aumenta as chances de que ela permaneça interessada nele. Ela sabe que a longo prazo o homem será o parceiro atencioso que zelará por ela e pela família.

ÉPOCA - O homem não está apenas satisfazendo o próprio ego quando garante o orgasmo da parceira?

Helen - Não. O orgasmo fortalece a parceria. Quando ele ocorre, o corpo libera oxitocina e vasopressina. Essas substâncias reforçam o vínculo entre mães e recém-nascidos e também o compromisso dos adultos depois de ocorrer o ato sexual.

ÉPOCA ED. Nº 342 = 06/12/04 = MATÉRIA DE CAPA

Um pouquinho sobre SEXUALIDADE HUMANA

Há pouco tempo, a sexualidade ainda era considerada expressão de “baixos instintos animais”, que deveriam ser combatidos, subjugados e controlados. Foi nas últimas décadas do século XX que aconteceu nas sociedades ocidentais um conjunto de transformações profundas e aceleradas nos valores, normas e práticas sociais sobre as questões da sexualidade. Alargou-se o repertório sexual, diversificaram-se as normas e trajetórias da vida sexual, multiplicaram-se os saberes e as representações da sexualidade. As transformações sociais mais globais, as mudanças produzidas na mentalidade e nas instituições mais relacionadas, a conjugalidade e o campo das relações familiares, foram construindo e modelando a sexualidade humana e as suas regras morais. Isto não quer dizer que as investigações cientificas tenham superado as questões que envolvem a sexualidade, ao contrario, ainda há uma grande necessidade em compreender a sexualidade à luz de pesquisas cientificas.
Ainda vivemos numa época em que a temática sobre sexualidade está num patamar difícil, pois nossa sociedade tem se mascarado numa liberdade aparente em relação ao sexo. A chamada liberdade sexual não implica ausência de conflitos relacionados à sexualidade, mas sim a possibilidade em lidar com tais conflitos havendo o mínimo de desgaste emocional, medo e outros transtornos decorrentes do uso da sexualidade. Mesmo no século XXI, há questionamentos sobre posturas, valores, atitudes e relacionamentos, que merecem maior compreensão e pesquisas, pois o exercício da sexualidade deve ser encarado com consciência.
A vivência da sexualidade está diretamente relacionada à forma pela qual os valores e as práticas sociais são percebidas e incorporadas pelos sujeitos, refletindo as diferentes culturas que coexistem nas sociedades. Hoje, sabemos que a sexualidade é uma característica inerente ao ser humano, desde a vida intra-uterina até o final de sua existência, constituindo-se numa forma de expressão que reflete o contexto sociocultural no qual o sujeito está inserido e se desenvolve. É parte integrante da personalidade do indivíduo.


Abdo CHN. Sexualidade Humana e seus transtornos. 2a ed. São Paulo: Lemos Editorial; 2001.
Bozon, M. Sociologie de Ia sexualité, s.I., Nathan/VUEF, 2002.
Vilar D. A educação sexual faz sentido no actual contexto de mudança? Educação Sexual em Rede, 1, 2005.
Zampieri MC. O sexo na universidade: um estudo sobre a sexualidade e o comportamento sexual do adolescente univesitário. São Paulo: Arte & Ciencia, 2004.
Melo ASAF, Santana JSS. Sexualidade: Concepções, valores e condutas entre universitários de biologia da UEFS. Revista baiana de saúde pública, 29(2), 2005.