terça-feira, 10 de agosto de 2010

Infertilidade


Desde muito cedo em seu desenvolvimento, muitas pessoas constroem um projeto de vida: crescer, encontrar um par amoroso e com ele dar início a uma nova família, e nesse contexto, diferentes motivações podem dar origem ao desejo de ter um filho. O fato do desejo de maternidade e paternidade estar intimamente relacionado com as vivências singulares de cada pessoa indica que a experiência emocional da infertilidade igualmente terá um caráter eminentemente singular.
O alto valor colocado na família motiva os casais a se unirem, desta maneira, a inabilidade para realizar essa tarefa coloca o casal que não consegue conceber sob forte pressão. O pressionamento social e parental para propagar o nome da família coloca um grande peso sobre casais inférteis. O conceito de si mesmo se vê constituído sob o escudo da desvalia e da incapacidade, chegando os indivíduos a se verem como defeituosos. A infertilidade pode ser sentida e vivida como um evento traumático para os casais, talvez o evento mais estressante de suas vidas.
Mas o que é infertilidade? Infertilidade é a falta de gravidez após um ano de relações sexuais sem nenhum método de anticoncepção. Estima-se que entre 60 e 80 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentem dificuldades com seus projetos parentais. Esse índice pode atingir aproximadamente 20% dos casais em idade reprodutiva.
A infertilidade é capaz de provocar efeitos devastadores tanto na esfera individual como conjugal e desestabilizar as relações do sujeito com seu entorno social, podendo ocasionar um decréscimo na qualidade de vida, podendo desencadear severas perturbações nas esferas emocional, da sexualidade e dos relacionamentos conjugais.



• Farinati, Rigoni & Muller, 2006.
• Badalotti & Petracco, 1997.
• Drosdzol & Skrzypulec, 2009.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sexo Ocasional



Recebi esse vídeo de uma amiga mestranda em Sexologia, enfermeira, com experiência de trabalho na África. As entrevistas são feitas em Angola. Achei interessante dividi-lo através de um post aqui no blog.

Atualmente, os valores tradicionais para o amor, casamento e sexo não dão mais respostas, e surgem novas formas de pensar e viver. O amor romântico está em crise, o casamento sai de cena e entra os relacionamentos abertos e o sexo passa a ser ocasional (ou casual). O que é mesmo sexo ocasional? Acredito que a primeira palavra que vem a mente é descompromisso. Sexo ocasional é realmente sexo descompromissado, livre de comprometimento em relação a um relacionamento. As pessoas sentem-se livres. É intimidade sexual através do prazer imediato, que não dá direitos, não determina obrigações e tampouco envolvimento amoroso. Caso o envolvimento aconteça, será posterior às trocas sexuais. Cabe ressaltar que por mais descompromissado que seja o sexo, é importante nunca fugir do compromisso que temos com nossa saúde sexual!

Com certeza, essa é uma discussão que não tem fim. E mais do que uma questão de sexualidade, este vídeo é uma questão lingüística e antropológica. Qual é sua opinião a respeito?