quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sobre os 50 tons do arco-íris


Como eu não conseguiria explicar em um breve comentário minha visão (como já disse no texto anterior é um assunto que eu passaria dias discutindo e aquela ideia foi bem sucinta mesmo), vim escrever mais algumas palavrinhas sobre meu ponto de vista e que talvez o explique melhor.
Agradeço os comentários e as dicas para ler o livro... Quem sabe me aventurarei depois que terminar O ensaio sobre a cegueira (incrivelmente fantástico!). Acho realmente bacana o fato das mulheres começarem a pensar mais na sexualidade, seja da forma que for. Também achei muito interessante a preferência sado-masoquista dele ser explicada por um abuso, confere? Primeiro porque alguns especialista ainda acreditam que o abuso não cause tantos traumas quanto imaginamos e segundo porque isso pode nos mostrar que o comportamento dele foi construído em cima de situação traumática, que não foi resolvida e tratada. É muito lindo, realmente, trazer essa questão de uma forma positiva e romântica e virar um fenômeno mundial. Contudo, na prática não é assim... a realidade é muito diferente disso! E também é, no quesito relacionamento. Nós mulheres somos por essência (leia-se aqui a grande maioria) românticas e sonhamos com um príncipe encantado. E a realidade é assim? O príncipe encantado existe? Que mulher não sonha com um homem rico, lindo, gentil e educado que a leve para lugares inusitados sempre brindando com Veuve Clicquot? Claro, que esse mocinho mexe com o imaginário das mulheres, principalmente, as mulheres de hoje que tem vários papéis a desempenhar em um mundo que cada vez mais cobra por resultados (leia-se perfeitos), ou seja, a super mulher. Infelizmente, mais uma vez tenho que dizer que a realidade não é esta, e está longe de ser...  Nunca as taxas de divórcios foram tão altas, por quê? Uma das explicações para isso está no bombardeio de cobranças da sociedade por seres humanos perfeitos que não toleram diferenças, e então no primeiro obstáculo que o relacionamento impõe, a separação é certa. Quantas mulheres não estão solteiras por sonharem encontrar o homem dos seus sonhos? Perdemos muito tempo apenas idealizando. A verdade é que ele não existe, sejamos realistas, não frustradas!
É importante o autoconhecimento, assim aprendemos a lidar com nossos defeitos (e como dói) e também a respeitar os dos outros. Respeitar em um relacionamento é fundamental! Buscar o equilíbrio é crucial! E por tudo isso que eu falo que existem 50 tons de vermelho também... E não só de vermelho, mas de rosa, de verde, de azul e amarelo também! O prazer da leitura é fantástico (como é bom ler), mas a realidade é outra (como uma leitora do blog trouxe, devemos saber separá-la da ficção)... Então pergunto: Por que a autora não construiu os personagens em cima de algo mais palpável? Personagens mais reais? Porque a realidade não é vendida! As mulheres ainda não descobriram o quanto o seu prazer pode ser intenso. E aí como Sexóloga (e são anos de estudo sobre o assunto e muitos e distintos casos na bagagem) eu lhes convido a ler 2 textos que eu escrevi aqui no blog Desvendando um mistério: O Clitoris ou Clitóris, como preferir e O mito caiu por terra. E então lhes deixo a seguinte pergunta: Já tinham conhecimento disto?
Temos a maior arma de prazer, o clitóris e sequer sabemos disto (talvez agora eu não esteja sendo realista, mas quero que todas as mulheres saibam e não estou cobrando nada por isso). Até porque os estudos sobre a sexualidade feminina são atualíssimos ao se tratar de ciência, e talvez só aconteçam graças a esse feminismo que muitas vezes soa tão pejorativo. Também temos vários estudos que mostram o quanto é importante para o homem perceber a satisfação da parceira na relação sexual, assim aquela que tem o autoconhecimento de sua própria sexualidade, consequentemente, deixará também seu parceiro mais satisfeito. Quando falo em sermos egoístas, não é questão de feminismo, até porque uma relação sexual (sequer um relacionamento) deve ser tomada como machista ou feminista. Devemos descaracterizar esses modelos e criar nossos próprios. O que devemos sim, é assumirmos as rédeas da nossa sexualidade, esquecer falsos mitos, conhecer o próprio corpo e prazer (masturbação não é pecado, é a melhor forma de se conhecer) e desfrutar de todos os benefícios que uma boa relação sexual pode nos proporcionar (como descrito em outro post).







segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sobre os 50 tons de cinza


Até semana passada eu não sabia sequer que existia 50 tons de cinza, ou uma escritora chamada E. L. James, ou um tal Christian Grey e uma tal Anastasia Steele. Se isso é a realidade atual, estou vivendo em Marte (ainda bem). E se alguém me perguntar se eu li o tal livro, vou responder com muito orgulho que não. Além da minha criação, onde o lugar da mulher jamais foi de submissão, fui contra todos os preconceitos da sociedade que envolvem a sexualidade humana e assumi meu desejo pela sexologia como profissão. E com minha experiência profissional percebo que a realidade dos casais e das mulheres está bem longe de ser um conto de fadas e, aprofundando mais no tema sexual chave do livro também não acredito que sadomasoquismo seja algo revolucionário para se viver melhor a sexualidade.
Que triste pensar que em pleno ano de 2012 as mulheres precisem de um livro que fale explicitamente sobre sexo para se libertarem e melhorarem seu relacionamento sexual em casa. São décadas de luta pela independência financeira, pelos direitos morais e cíveis iguais aos dos homens, mas a liberdade sexual, batalhada desde a década de 60 com a pílula anticoncepcional, mostra-se fragilizada e não tão necessária diante do forte desejo de submissão entre 4 paredes demonstrado pela grande maioria das leitoras do livro. Ou seja, as mulheres buscam incessantemente cumprir o papel de ‘super mulher’ exigido pela sociedade, mas escondido de todos é melhor satisfazer a vontade do ‘super homem’ para permanecer ao seu lado.
O fenômeno em que se tornou tal livro ainda me faz pensar que ele é apenas mais um objeto do consumismo desenfreado e tão querido das mulheres. A preciosa peça que todas as mocinhas (principalmente as virgens e pobres) precisam ter para conquistar o príncipe lindo, bem-sucedido e milionário.
Mulheres acordem para a realidade! Contos de fadas não existem. Christian Grey é surreal. Existem 50 tons de vermelho também. Aprendam a ser mais egoístas e pensar em sua própria felicidade e satisfação. Se for para um homem lhe amar de verdade será pelo que você é, não pelo que ele quer que você seja. E nada melhor que uma mulher bem-resolvida sexualmente, que sabe lidar de maneira saudável com seus anseios, suas vontades e desejos...






terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sexo X Casamento


Anos de convivência, correria do trabalho, cuidado com a casa, com os filhos, contas a pagar... Só em ler esta sequência já é de cansar, imagina isso no dia-a-dia... E é verdade que tudo vira prioridade diante da vida sexual de um casal. Os estudos comprovam que a rotina corrida e exaustiva está acabando com a libido dos casais.
Além da rotina, a segurança de um relacionamento estável, onde já houve a conquista, leva ao comodismo e diminuição da sensualidade entre o casal. Contudo, é dado o alerta: sexo é fundamental para a manutenção de um relacionamento saudável. Segundo a pesquisa Mosaico Brasil, realizada pelo Prosex em parceria com a Pfizer, para os homens a atividade sexual só é menos importante que ter uma alimentação saudável e tempo de convivência com a família. Já para as mulheres está em oitavo lugar na lista de prioridades, ficando atrás da alimentação saudável, tempo de convivência com a família, qualidade do sono, prevenção de doenças e cuidados com a saúde, trabalhar no que gosta, ter tempo para atividades culturais ou ‘hobbies’ e convivência social.
Diferentemente do homem que atenta muito ao estímulo visual, o desenvolvimento do desejo sexual nas mulheres exige estímulos sobre os cinco sentidos. Entretanto, ao longo do tempo de relacionamento, as preliminares mais prolongadas deixam de existir para haver uma economia de energia tanto da parte do homem, quanto da mulher. Isso pode acarretar uma diminuição de desejo sexual na mulher que necessita de mais estímulos. E agora, todos se perguntam: Como manter o desejo sexual após os anos de compromisso? Ou, como reavivá-lo depois de adormecido?
Adivinhei, não é?! Sim, é preciso um esforço para manter a criatividade e o tesão. Alimente a vida conjugal. Preserve o encontro. Crie oportunidades e expectativas. Reconquiste seu parceiro todos os dias. Fantasie, estimule suas ideias. Converse com seu(sua) parceiro(a) sobre suas vontades e descubra as dele(a), é importante ter esse diálogo. Experimente algo novo. Não se descuide, sinta-se desejado(a). Mantenha a intimidade.





quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sexualidade na Gravidez



Hoje vamos dar uma pincelada em um assunto um pouco, ou se preferirem, muito polêmico, o que não poderia ser diferente em se tratando de sexualidade humana. Mas, ao mesmo tempo esse assunto é muito interessante e vale a pena saber um pouco mais.
A vivência da sexualidade durante a gravidez está em grande parte ligado a crenças e mitos que se fundamentam em critérios morais e religiosos conservados pelas famílias e transmitidos de geração em geração. Desta forma o comportamento sexual da grávida e de seu parceiro pode ser mais influenciado por pressões psíquicas e socioculturais do que pelas alterações biológicas próprias da gravidez.
Para o casal a gravidez é um período de adaptações. São adaptações físicas, emocionais, existenciais, sexuais e, principalmente, aos novos papeis, de ser mãe e de ser pai e tudo que isso implicará. A necessidade de adaptação não afeta só a mulher, mas também o homem. É uma fase de desenvolvimento e mudanças. Com todas estas transformações na vida do casal é natural que aconteça um estado de desequilíbrio temporário devido às grandes perspectivas de mudanças, a necessidade de novas adaptações e de reajustamento psicológico e inter-relacional.
E tanto a gravidez quanto o pós-parto são períodos cheios de mudanças biológicas, psicológicas e inter-relacionais que marcam – direta e indiretamente – a sexualidade. Tal momento poderá originar um aprofundamento da experiência sexual do casal, capaz de aumentar a cumplicidade ou gerar dificuldades.
Muitas vezes quando o obstetra afirma que o casal deve abster-se de sexo por ser uma gravidez de risco, ninguém contesta, sequer procura saber o que é ou não permitido. E o que fazer quando a sexualidade aflora? Uma vez que ela não irá deixar de se manifestar por conta de uma restrição médica. Então, este pode ser o momento de grandes descobertas amorosas. O casal pode não ter relações sexuais com penetração e a necessidade de intimidade e união manifestar-se e assumir diferentes expressões.
Se o casal encontra-se num relacionamento estável, maduro e sólido, a vinda de um filho poderá uni-los de modo mais pleno ou mesmo se a intimidade entre os parceiros propicia um diálogo aberto e honesto, há possibilidade de se descobrir outros jeitos de fazer amor, sem que haja penetração. É verdade que cada casal irá expressar de sua forma a sexualidade. A criatividade sexual pode entrar em cena, através de jogos eróticos, novas posições e novas fontes de prazer, que transformarão tudo numa grande aventura, plena de lances inusitados e estimulantes, onde cada um poderá expressar suas preferências e fantasias mais íntimas. Contudo, viver a sexualidade satisfatoriamente neste período não é uma regra, tampouco uma condição, mas é fato que faz bem, apesar de não continuar igual ao que era antes da gravidez. A mulher experimenta uma série de alterações físicas que irão influir fortemente na vida sexual do casal. Enfim, tudo é permitido desde que haja harmonia entre o casal, que deve buscar o bem-estar mútuo e um maior equilíbrio emocional, diminuindo as ansiedades e angústias próprias desse período.
As experiências amorosas e sensuais marcarão o início de uma vida sexual mais prazerosa e satisfatória e, certamente, aprofundarão o relacionamento conjugal de maneira mais duradoura. Isto tudo independentemente de abstinência por gravidez de risco ou não. Viver a sexualidade durante a gravidez de uma maneira saudável e prazerosa também propicia a continuidade da harmonia conjugal, diminuindo o ciúme do casal, tanto do homem em relação ao bebê, que é percebido como um rival pela íntima relação mãe-bebê, da qual muitas vezes se sente excluído, quanto da gestante, com referência às possibilidades do parceiro sair em busca de aventuras extra-conjugais.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o orgasmo é altamente benéfico em qualquer época da gestação. Ele tem a função de servir como uma válvula de escape para as ansiedades próprias desse período. Há, também, um fator biológico importantíssimo a ser considerado: exercita os músculos do períneo que serão importantíssimos durante o parto.
Quanto ao bebê, ele está lá muito bem protegido por várias camadas de músculo, pela bolsa d'água, que funciona como um amortecedor e, o colo do útero se encontra fechado, bloqueando a entrada uterina. Além disso, o sexo é capaz de fortalecer os músculos do períneo que ajudam na hora do parto, além de deixar a mãe feliz e relaxada. E como o bebê sente tudo o que a mãe sente, sexo é bom durante toda a gravidez.
Não existe um consenso entre os obstetras com relação a hora de parar as relações (com penetração) antes do parto. Enquanto alguns recomendam abstinência todo o último mês da gravidez, outros acreditam que seja necessário só na última semana. Contudo, independentemente de mudanças, adaptações, descobertas e diferenças, cada casal irá expressar e viver de sua forma a sexualidade.




* imagem retirada da internet

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sexualidade e função sexual em pacientes oncológicos


O câncer caracterizado como doença exige complexo tratamento, que por vezes acaba sendo devastador ao organismo, comprometendo a sexualidade humana. Fisiologicamente, tanto as alterações de alguns tipos de câncer, como o intenso tratamento quimioterápico que provoca nos diferentes sistemas orgânicos acabam por comprometer a sexualidade e a função sexual dessas pessoas.
A sexualidade deve ser entendida conforme 3 dimensões – biológico, psicológico e social – inter-relacionados e inseparáveis. O biológico considera a capacidade do individuo dar e receber prazer sexual, englobando o funcionamento dos órgãos sexuais e a fisiologia da resposta sexual humana – desejo, excitação e orgasmo. A dimensão psicológica leva em consideração a auto-imagem sexual, caracterizada pelas imagens que as pessoas têm de si mesmas como homens e mulheres, tendo como influência a imagem corporal (imagem mental do eu físico). Já o social envolve o papel social de gênero, o comportamento segundo a expectativa dos grupos em que esta pessoa está inserida, e o papel sexual, modo como se mostra, a sensação de se sentir homem ou mulher. Nesta relação com o meio, além do comportamento sexual, deve-se levar em consideração o relacionamento sexual.
As alterações que podem acontecer na sexualidade são tratadas no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM IV-TR e pela Classificação Internacional de Doenças, o CID-10. Quando o paciente é submetido a um tratamento ideal, e reafirmamos a importância do trabalho transdisciplinar, os efeitos do problema se tornam menos significativos.
Referente à fisiologia da resposta sexual humana, os pacientes oncológicos mencionam problemas relacionados à fase do desejo sexual, da excitação sexual e do orgasmo.  A diminuição do desejo pode ser influenciada tanto por fatores orgânicos, como também por fatores psicológicos. Os orgânicos estão relacionados, principalmente, a diminuição da testosterona decorrente do tratamento quimioterápico e também pela falta de disposição resultante da anemia vivenciada pelos pacientes e pela presença constante de náuseas e vômitos. O constante sofrimento, medo e preocupação decorrente da doença e do tratamento caracterizam os fatores psicológicos.
Os problemas na excitação sexual masculina também estão influenciados pela diminuição da testosterona e pela própria doença, em decorrência da anemia que acaba alterando o mecanismo vascular da ereção e do fator emocional negativo presente. Fisiologicamente, em 2 ou 3 semanas após a aplicação da quimioterapia o nível de testosterona pode ser revertido. Com relação as mulheres, o principal problema na fase de excitação sexual é a falta de lubrificação vaginal decorrente da diminuição de estrógeno. A queda nos níveis do hormônio estrógeno é consequência do tratamento quimioterápico, cujas manifestações clínicas incluem a diminuição da umidade vaginal e, em raros casos, a redução do diâmetro vaginal.
Na literatura cientifica não há indícios de que a quimioterapia possa provocar alterações na fase do orgasmo, por só ocorrer na presença de efeitos neurológicos que atinjam os nervos regentes do reflexo orgásmico. Contudo, esta fase pode ser comprometida pela presença de dor no ato sexual ou pelo bloqueio emocional provocado pela própria doença.
Os aspectos psicológicos que envolvem a sexualidade dos pacientes, ou seja, que se relacionam com a auto-imagem sexual, frequentemente, fazem parte das queixas apresentadas. A mudança da auto-imagem corporal é mais um dos efeitos indesejáveis do tratamento. Além do mais, essas mudanças provocam preocupações quanto a aceitação social dessas pessoas.
Por conta do quadro clínico, muitos pacientes se tornam mais vulneráveis a infecções, levando-os a se proteger com o uso de preservativo durante a relação sexual, o uso de mascaras em determinados locais e situações, havendo isolamento hospitalar em alguns casos e até mesmo restrição ao beijo. Isto tudo acaba interferindo no comportamento sexual do paciente não só durante a relação, mas também na maneira de expressar sua sexualidade.
A possibilidade de não gerar filhos é outra dificuldade que remete ao sentimento de culpa, pela infertilidade do casal e pode atrapalhar o relacionamento sexual. É importante que os parceiros expressem seus sentimentos sexuais um ao outro, sem esperar que o outro descubra suas ansiedades e necessidades, pois o medo da insatisfação do parceiro e do enfrentamento da relação podem estar relacionados à falta de comunicação entre o casal. Prova disso é o relato de pacientes que referem que o relacionamento sexual melhorou após a doença, por se sentirem mais valorizados pelo parceiro. Talvez aí a diferença seja apenas o fato do relacionamento ter se tornado mais sólido e haver mais comunicação e cumplicidade entre o casal...











terça-feira, 26 de junho de 2012

Desejo Sexual Hipoativo


Li uma matéria da coluna Vida e Estilo, do Terra sobre ‘Os 15 motivos que podem diminuir seu desejo sexual’ e achei interessantíssimo para compartilhar com os leitores do blog. Vamos lá...
Algumas razões que levam ao Desejo Sexual Hipoativo, ou como vocês bem conhecem ‘baixa libido’:

Má qualidade do sono
Além de afetar a saúde, a aparência e o humor, dormir pouco acaba atrapalhando o desejo sexual por diminuir os níveis da testosterona em homens e mulheres. E aqui eu acrescento ainda que afeta a produção do cortisol, o hormônio relacionado ao estresse. Até mesmo aqueles que dormem 6 horas diárias podem sofrer da privação crônica do sono. Portanto, é importante dormir 7 horas por dia, no mínimo.

Ronco
Roncar atrapalha a noite de sono de quem tem o problema, e também de quem dorme ao lado, pois resulta na privação crônica do sono, que afeta a vida sexual.

Depressão
É uma das causas mais comuns de baixa libido e também, muitas vezes, razão para a má qualidade do sono. Em algumas pessoas a depressão ocasiona o ganho de peso, que pode desencadear outras condições médicas, como diabetes, pressão alta, colesterol alto, interferindo também no desejo sexual.

Excesso de peso
Engordar muito interfere na maneira como a pessoa vê seu próprio corpo, levando a uma imagem corporal negativa e baixa autoestima.

Disfunção erétil
Um homem com DE pode ter o desejo sexual afetado pela condição. E como o assunto já foi apresentado, basta clicar aqui para saber mais sobre a DE.

Medicamentos
Alguns medicamentos utilizados para tratar as condições que podem diminuir a libido, como antidepressivos e remédios anti-hipertensivos também podem diminuir o desejo sexual. De acordo com o urologista Cully Carson, qualquer droga que afeta o sistema nervoso central pode abaixar o desejo sexual.

Tireoide
A glândula tireoide, responsável por regular o metabolismo através de hormônios, quando fora do ritmo normal de funcionamento pode diminuir significativamente o desejo sexual. Dependendo do nível de anormalidade do funcionamento, essa alteração pode levar ao ganho de peso, outro motivo de diminuição do desejo sexual.

Cansaço
Cansaço em excesso pode reduzir os hormônios sexuais e aumentar o apetite. Trabalhar o dia inteiro e fazer exercícios todas as noites pode levar ao esgotamento.

Aparelhos eletrônicos
A tecnologia sempre presente no quarto pode se tornar uma vilã do sexo. Segundo a terapeuta de casais, Sharon G. O’Neill, computadores portáteis, smartphones e tablets desviam a atenção e fica quase impossível pensar em sexo quando se acaba de responder a um email do chefe.

Tabaco e bebida alcoólica
Tabagismo além de ser prejudicial ao coração e aos pulmões, também é para as veias que irrigam a região genital. Beber em excesso reduz a sensibilidade e a capacidade orgásmica em homens e mulheres.

Estresse
Dos motivos que levam a baixa da libido relacionados ao fator emocional, provavelmente o estresse é o inimigo nº 1. Cura? Fugir dele pelo menos temporariamente. Vale umas férias!

Filhos
Quando as mulheres têm filhos passam pela privação do sono, flutuação dos hormônios, mudanças no corpo, ganho de peso e preocupação. É claro que isso só pode resultar em queda da libido. Além do mais, o parto pode causar a diminuição da sensibilidade vaginal e flacidez, dificultando o orgasmo e a excitação. Pelo processo de parentalização os homens também ficam suscetíveis a mudanças, mas da ordem emocional.

Brigas
Os desentendimentos entre os parceiros que acabam mal-resolvidos são um dos maiores problemas relacionados ao sexo. Quando a raiva e o ressentimento permanecem por dias ou semanas, os sentimentos podem ressurgir na hora H, dificultando a atração.

Esses são alguns motivos, mas não pensem que são os únicos... Existem N fatores que podem estar envolvidos na queda do desejo sexual, que tecnicamente chamamos de desejo sexual hipoativo (por isso o título) e para um profissional é muito claro que CADA CASO É ÚNICO, pois os fatores variam de acordo com a situação, o relacionamento, os parceiros... Portanto, o que foi listado neste post é apenas uma introdução de um assunto muito mais complexo...







*Foto retirada da internet



segunda-feira, 4 de junho de 2012

A testosterona e o emagrecimento!


A testosterona é um hormônio encontrado em nosso organismo desde a diferenciação sexual, na fase embrionária. Nos homens é produzida pelas Celulas de Leydig  nos testículos e em menor proporção pelas supra-renais, além de ser encontrada em maiores níveis comparando as mulheres, o que a classifica como androgênio. Produzida na maior parte nos testículos, a T é responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais e das características sexuais secundárias no homem. Além de influenciar no comportamento sexual e social, em homens adultos a T tem importância a nível mental, na voz, libido, disposição da gordura visceral, aspectos dos genitais externos, massa muscular e óssea, conferindo-lhe grande importância para uma vida saudável.
Engana-se quem acha que a T é um hormônio exclusivo dos homens, pois nós mulheres também a carregamos. Claro, com menor produção. Na mulher adulta se encontram quantidades de 20 a 30 vezes menores que em homens. É produzida nos ovários e em menores níveis nas supra-renais, também. Na mulher atua na memória, motivação, no desejo sexual, pele, na massa muscular e óssea. Enfim, além de seu papel crucial na diferenciação dos sexos, quando em níveis normais, a T é importante para o funcionamento saudável do organismo. E não é isso que vamos discutir hoje, porque vou colocar a T em um papel bem polêmico.
Um estudo publicado recentemente afirma que homens mais velhos com baixos níveis de T poderiam perder peso tomando suplementos do androgênio. O estudo foi feito ao longo de 5 anos com um grupo de 115 homens, inicialmente com 61 anos e produção insuficiente de T (lembro que acima dos 50 anos, geralmente, os homens apresentam naturalmente um queda anual na T em seu organismo, fenômeno descrito como ADAM – Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino). Estes homens receberam injeções de T durante esses 5 anos e apresentaram uma perda média de 16kg. Em média a circunferência abdominal (medida importante para se determinar a Síndrome Plurimetabólica) caiu de 107 para 98 cm. Para os autores as melhorias foram progressivas ao longo dos 5 anos de realização do estudo. Ainda para estes, aumentar a T para níveis normais além de reduzir o peso corporal, diminuíram a circunferência abdominal e a pressão sanguínea, melhorando também os perfis metabólicos. Em comunicado, destacaram que os níveis da T aumentados melhoram a energia e a motivação para fazer exercícios físicos e movimentos em geral, contando ainda que a T aumenta a massa corporal magra, o que dá mais energia aos pacientes. A perda de peso acontecerá apenas durante o tratamento. Acredito que isso poderá desencadear um certo T-vício...
Óbvio que o estudo é valido! Só que algumas dúvidas me consomem... Por que sempre depender de algo que precisa estar relacionado à indústria farmacêutica? Por que não buscar uma vida saudável com a ajuda de profissionais qualificados para tal? Talvez porque o melhor caminho sempre é o mais fácil, não é?! É comprovado que alimentação saudável e a prática de exercícios físicos (incluindo sexo!) fazem bem ao funcionamento e bem-estar do organismo. Sem contar que a T injetável é uma droga, que traz sérios efeitos para a saúde, alguns pesquisadores a tem vinculado ao câncer de próstata e doenças cardíacas. Vale mesmo a pena emagrecer e correr riscos?
Penso também nos tratamentos já existentes por aí, em que há ‘reposição’ de T em mulheres, onde os principais motivos são apenas estéticos e os efeitos benéficos são bem menos intensos que os colaterais. Será que a busca pelo corpo perfeito fala tão mais alto a esse ponto? Só de pensar na hipertrofia clitoriana já me dá medo! Pessoas, cadê o amor próprio? Não seria muito mais fácil mudar o estilo de vida do que ir contra a natureza?






quarta-feira, 25 de abril de 2012

PARENTALIDADE?!


Muitas vezes vejo a parentalidade como a coroação de uma vida sexual saudável e de uma boa relação conjugal, mas também fica óbvio que em muitos casos nem sempre é assim. Acredito que quanto mais saudável seja a vida sexual do casal e melhor a relação entre eles, com certeza mais fácil será exercer o papel de ser pai e de ser mãe. Com a frase anterior já foi possível ter uma ideia do que pode ser essa tal parentalidade. E depois de um bom tempo sem postar por falta de tempo de preparar um texto bacana sobre algum tema interessante, hoje vim aqui para falar sobre PARENTALIDADE. É fácil, mas sei também que para muitos é uma incógnita, pois foi isso que ouvi há 2 semanas de uma aluna.
Os desejos de maternidade e de paternidade não iniciam quando um casal decide ter um filho, pois desde muito cedo em seu desenvolvimento, muitas pessoas constroem um projeto de vida: crescer, encontrar um par amoroso e com ele dar início a uma nova família. E neste contexto, diferentes motivações podem dar origem ao desejo de ter um filho.
O desejo de ter um filho pode ser consciente, mas também inconsciente. Em nível consciente, este desejo significa se situar pai e mãe como seus próprios pais, ter seu próprio filho. O casal assume seu modelo relacional próprio. Por outro lado, desejar um filho tem também significações inconscientes, desconhecidas dos próprios pais, que podem se expressar como um ato criador e produtivo, a realização da condição masculina e feminina. Contudo, também pode ser usado como tentativa de solução de conflitos e problemas. A gravidez irá agitar antigas ansiedades e revitalizar emoções que, muitas vezes, estavam adormecidas. Assim, o que precede a concepção, sobretudo o que está ligado à decisão de se ter um filho e o momento dessa decisão influenciam as vivências ocorridas na transição para a parentalidade.
A parentalidade é o processo de maturação da personalidade que designa a maternalidade e a paternalidade,
• Maternalidade (relativo à mãe).
• Paternalidade (relativo ao pai).
Ou seja, a parentalidade é o conjunto de remanejamentos psíquicos e afetivos que permitem ao adulto tornar-se pai, tornar-se mãe, e de responder às necessidades do seu bebê em três níveis (Lamour & Barraco, 1998):
• Do corpo do bebê
• Da vida afetiva do bebê
• Da vida psíquica do bebê
Já Stoléru (1989) traz o conceito como parentificação e sendo o conjunto de processos psíquicos que ocorrem quando um homem torna-se pai e uma mulher torna-se mãe e depende de fatores psicológicos, biológicos, sociais e culturais. Bem, é verdade que tanto a mulher/mãe como o homem/pai sofrerão transformações profundas para reelaborarem seus papéis como pais, cônjuges, profissionais, filhos, netos, amigos, seus lugares em suas famílias, seus status legais e eles mesmos como responsáveis pela vida e crescimento de um ser (o filho). Esse processo de tornar-se mãe e tornar-se pai é contínuo na vida dos pais, e acontecerá com a chegada do primeiro, do segundo, do terceiro filho e assim por diante, com menos ou mais intensidade de mudanças e reelaborações.








* imagem retirada da internet

segunda-feira, 19 de março de 2012

A QUESTÃO DE GÊNERO NA ESCOLA

Li esse texto do blog "Escreva Lola Escreva, e quis compartilhar aqui no Sexualizando. Um post muito interessante que fala sobre a questão de gênero...Um conceito social tão discutido por sociólogos, e tão intrínseco ao nosso cotidiano, a sociedade está tratando essa questão como deve ser?

CLIQUE AQUI para ver o post 'Professora Trabalha com Gêneros na Primeira Série', do blog Escreva Lola Escreva.







quinta-feira, 15 de março de 2012

Um pouquinho sobre a Sexologia – Os diferentes termos


Sexologia é a ciência que abrange e estuda a sexualidade.  Ainda muito recente, tomou corpo nas décadas de 50 e 60 com os relatórios de Kinsey e os trabalhos científicos de Masters e Johnson, apesar da revolução sexual provocada por Sigmund Freud no século XX. É uma ciência diretamente relacionada a diversas áreas do conhecimento como: psicologia, antropologia, medicina, biologia, sociologia, educação, entre outras.

Já a Sexualidade está presente em todas as etapas do desenvolvimento do ser humano, mesmo que ignorada ou bloqueada. Desenvolve-se desde o nascimento até a morte e esta integrada à personalidade e o comportamento, manifestando-se de diversas formas nas diferentes faixas etárias. Envolve muito mais que o sexo anatômico e as suas diferenças, compreende aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais.

 A palavra Sexo é usada para designar a relação genital, com ou sem penetração, entre duas ou mais pessoas. Também pode ser utilizado para diferenciar as características genéticas (macho e fêmea). 












quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher - A Batalha pela Igualdade




Como todos os anos, o blog faz hoje sua singela homenagem as mulheres...
Muito mais que um dia de comemorações, este deve ser um dia para as mulheres marcarem seu espaço e sua presença. Deve ser um dia de reflexões. E isto é válido aos homens também... Afinal de contas a ênfase deste dia não está na reprodução e no romantismo, mas no papel da mulher perante a sociedade e o mundo.
Do que adianta elegermos uma mulher para governar nosso país se nem em algo tão íntimo, como a sexualidade, há igualdade entre ‘macho’ e ‘fêmea’? Cabe a cada uma de nós fazer a diferença (e essa começa dentro de nós mesmas)! 
Parabéns mulheres!

(veja artigo sobre sexualidade feminina aqui!)








* Foto retirada da internet.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Casamento e a Separação



O casamento é a construção de uma nova identidade para os cônjuges, de um ‘eu-conjugal’ que vai se construindo através das interações entre os parceiros. No momento em que um casal opta por viver juntos, cada um deles terá de se modificar internamente e se reorganizar em busca do equilíbrio para a relação. E por valorizarem demais o casamento, ao ponto de não aceitarem que a relação conjugal não corresponda às suas expectativas, que o número de separações tem crescido cada vez mais.
O divórcio reflete uma exagerada exigência dos cônjuges. A realidade atual é muito diferente da vivida no século passado, cada vez mais as pessoas se tornam individualistas, privando-as de uma das características muito importante para o sucesso de um casamento: a flexibilidade. Devemos pensar que temos, debaixo de um teto em comum, duas pessoas diferentes (porque ninguém é igual a ninguém), com criações diferentes (por mais parecidas que sejam, são diferentes), realizando interesses comuns e construindo uma base sólida para a formação de uma família. E, portanto precisamos, sim, ser flexíveis... Mas, além disso, é preciso usufruir muito bem da chave do sucesso para um bom relacionamento: a comunicação! Em um relacionamento não existem ‘entre linhas’.
No processo de separação a identidade conjugal construída com o casamento vai gradualmente se desfazendo, levando cada um dos cônjuges a uma redefinição das suas identidades individuais. E este processo é umas das experiências mais dolorosas do ser humano, sendo extremamente complexo. Os cônjuges encontram-se diante da frustração de um casamento que não supera suas expectativas. Talvez por isso e pela valorização exacerbada do casamento, a maioria dos divorciados acaba caminhando para um recasamento.
Embora homens e mulheres vivenciem a mesma dor, comportam-se diferentemente e manifestam seus sentimentos em relação à separação e possível causa de formas distintas. Provavelmente, essas diferenças estejam muito mais relacionadas às questões culturais do que a própria distinção biológica entre os sexos. Nas últimas décadas as mulheres conquistaram mais espaço no mercado de trabalho, na sociedade e dentro do próprio relacionamento conjugal, o que fez com que elas se tornassem mais exigentes amorosamente. Os estudos mostram que as mulheres apresentam uma maior possibilidade de realizar mudanças, assim como de romperem o casamento, talvez pela facilidade em falar sobre seus sentimentos e motivação em explicar e discutir o relacionamento. Mas a verdade é que, desconstruir um relacionamento conjugal após a separação, e ao mesmo tempo reconstruir a identidade individual, não é fácil. É um processo lento e vivenciado com dificuldade e sofrimento. A maior liberdade se mistura ao sentimento de solidão, tanto para homens como para as mulheres.
O que se percebe é que, atualmente, homens e mulheres buscam relacionamentos mais verdadeiros e gratificantes, talvez por isso tantos casamentos se dissolvam. Só não e se pode ‘ir para o altar’ (hoje está não é mais uma premissa básica para um relacionamento conjugal) pensando que se não der certo, existe a separação... É preciso tentar fazer com que dê certo!







Imagem retirada da internet

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

As Doenças Sexualmente Transmissíveis e o Carnaval


Elas podem ser adquiridas em qualquer época do ano sem escolher raça, sexo, cor e idade. Estamos aqui para falar das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), pois ainda que algumas tenham cura, outras passam a fazer parte da vida da pessoa para sempre, afetando a saúde física, emocional e a qualidade de vida. As DST são um problema da saúde pública em todo o mundo, porém o clima carnavalesco deixa as pessoas mais suscetíveis, envolvidas no clima da folia e esquecidas de tomar precauções. Por conta disto, os cuidados devem ser redobrados nesta época, tanto para os homens como para as mulheres.

Mesmo não sendo uma garantia de proteção completa, o uso de preservativos é fundamental. No caso de mais de um parceiro, é recomendado fazer exames periodicamente. Os métodos contraceptivos (pílula anticoncepcional, Mirena, DIU, tabelinha) não protegem. Agulhas e seringas não devem ser compartilhadas. Os sintomas nem sempre são aparentes, o que mostra a importância de consultar um médico regularmente e realizar exames, pois o diagnóstico precoce facilita o tratamento. É importante estar atento à procedência dos preservativos e prazo de validade. E cabe um adendo: as bebidas em lata devem ser higienizadas antes do consumo, pois devido a más condições de higiene e armazenamento podem aumentar o risco de contaminação pela proliferação de bactérias.

As principais DST:

Gonorréia: infecção causada por uma bactéria. No homem aparece uma secreção purulenta de 2 a 10 dias após o contato sexual suspeito, com dor e ardência ao urinar. Na mulher o aspecto clínico é variado, pode ser assintomático, como também na forma de corrimento (com aspectos que podem ser diferenciados em cada caso). A infecção quando não tratada no homem pode avançar para os testículos (orquite) e a próstata (prostatite). Já nas mulheres pode avançar para as trompas e o útero. Estas consequências podem levar a infertilidade em ambos os sexos.


Sífilis: é uma infecção causada por 
bactéria. Tanto no homem como na mulher surge uma pequena ferida firme e dura (úlcera) em algum órgão genital, geralmente em uma média de 20 dias após o contato sexual. Também é chamada de cancro duro. As feridas desaparecem em um mês, o que leva a falsa impressão de que sarou. Depois de 1 a 2 meses surgem lesões na pele (sífilis secundária) que podem progredir e agredir o sistema nervoso e o coração.

Cancro Mole: também é causada por uma 
bactéria. Neste caso, surgem várias feridas nos genitais (que são doloridas) e na virilha. A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente outras pessoas e/ou partes do corpo, sem necessariamente haver a relação sexual.

Tricomoníase: é causada por um protozoário. Na mulher causa um corrimento amarelo com cheiro típico e pode causar irritação urinária. No homem passa despercebido, mas mesmo assim ele pode contaminar e ser contaminado pela mulher. O casal deve fazer o tratamento concomitante.

Herpes Genital – é causada por vírus. Em ambos os sexos surgem lesões na pele e/ou na mucosa dos órgãos genitais. As lesões aparecem e desaparecem espontaneamente, pois são reguladas por estresse ou pelo ciclo menstrual, nas mulheres. Não há cura definitiva.

Condiloma Acuminado ou Crista de Galo: é causado por um vírus (HPV ou papilomavírus humano). É uma virose que está relacionada com o câncer de colo do útero e câncer de pênis. É caracterizada por uma pequena verruga nos órgãos genitais tanto do homem como da mulher. Apresenta mais de noventa tipos diferentes, sendo que alguns podem levar ao câncer. O HPV 16, por exemplo, é extremamente agressivo, proliferando-se intensamente nos genitais e no colo uterino É uma doença difícil de tratar e o tratamento é do casal.

AIDS: é uma doença causada pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana). Transmitido principalmente pelo esperma, sangue e leite materno. O beijo só poderá transmitir o vírus no período que está em alta concentração no sangue de um dos parceiros e o outro tem um ferimento na boca. No sexo oral em um parceiro que possui o vírus, há grande probabilidade de transmissão da infecção se houver ferida na boca, pois o contato é com o sêmem.

Clamidea: causada por bactéria, atualmente, é considerada uma das doenças sexualmente transmissíveis de maior incidência no mundo. Pode atingir homens e mulheres em qualquer fase de suas vidas, desde quando nascem de mães contaminadas até no contato sexual. Nos homens se manifesta como uretrite, pode causar dor ao urinar e 
prurido uretral. Pode demorar dias para se manifestar. Caso não seja identificada e tratada corretamente, pode progredir para uma infecção mais grave, atingindo os testículos com comprometimento da fertilidade. Nas mulheres, inicialmente infecta o cérvix e a uretra. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento. As complicações nas mulheres, quando não tratadas, são a doença inflamatória pélvica e o aumento do risco de gravidez ectópica (nas trompas). A maioria das pessoas infectadas não apresentam sintomas ou sinais clínicos, dificultando muito a identificação.


Algumas dessas doenças têm um grande potencial em trazer sérias complicações para a pessoa contaminada, já que na maioria das vezes não se procura cuidados adequados, fazendo que estas infecções durem longos períodos e aumentem suas consequências. Além disso, as DST funcionam como reservatórios e transmitem-se facilmente pelo contato sexual aos parceiros, tornando-as assim um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. Prevenir ainda é o melhor remédio!







Foto retirada da internet.





segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

E o mito caiu por terra...


Os consultórios estão cada vez mais cheios de mulheres que têm boas relações sexuais e acreditam que não são normais porque não atingem sempre o orgasmo. Ou são os parceiros que reclamam que nem sempre elas chegam ao orgasmo. E será que existe algo de anormal em não atingir sempre o orgasmo?
Este é um péssimo mito! Alguns estudiosos do passado defendiam que a mulher teria sempre que atingir o orgasmo, em todas as relações sexuais. A mídia ainda vende esta idéia. Contudo, é um engano terrível pensar desta maneira. Nem sempre para a mulher se satisfazer é preciso ter orgasmo. Para as mulheres é fundamental o carinho, a troca de afetos e a proximidade com o parceiro. A satisfação com a atividade sexual não é dependente da quantidade ou intensidade do prazer derivado do orgasmo, ela depende muito mais da intimidade com o parceiro, mesmo que o prazer orgástico não esteja incluído no ato. Ao se sentir satisfeita, a mulher terá vontade de ter novas relações com o parceiro.
Ocorre que muitas mulheres travam uma batalha incansável em busca do orgasmo vendido em revistas, tornando-o inatingível e abandonando o prazer que a relação sexual pode lhes dar. E como co-responsáveis pelo próprio orgasmo, mesmo ao melhor amante é preciso que a mulher mostre como satisfazê-la, pois cada uma tem suas preferências e desejos. Ah, e quem sabe juntando tudo isso não se tenha como resultado um bom orgasmo... Não acham?!








* Foto retirada da internet.