terça-feira, 1 de novembro de 2016

Série: Mitos sobre a Saúde Sexual - A Ereção

O Novembro Azul se inicia e para comemorá-lo nossa série está de volta com Os Mitos sobre a Ereção Masculina!



*imagem retirada do pexels.com


Mito: o homem não falha
Na sociedade em que vivemos, espera-se do homem o sucesso, a coragem e a força, além de relacionar virilidade e potência sexual à identidade masculina. Não é em vão a preocupação do homem em ter e manter uma ereção, pois ao seguir esta lógica sua identidade estaria atrelada a ereção peniana, um dos mitos que se constroem com base no perfeccionismo advindo da educação sexual permissiva que os homens, geralmente, recebem. E não há termo mais inadequado para tratar de disfunção erétil que impotência. Isto porque a impotência está relacionada a falta de poder e/ou força para realizar algo, o que vai muito além do problema comum entre os homens, a dificuldade de ereção.
Durante as preliminares ou na penetração, o homem pode perder a ereção, o que não significa o fim do encontro sexual, basta haver estimulação. Nesses casos, a grande vilã é a ansiedade, que pode impedir a concentração nos estímulos prazerosos, e aí não tem jeito... O insucesso na experiência sexual, pode fazer com que se instale o receio de voltar a falhar, fazendo com que aumente a ansiedade e condicione a ansiedade antecipatória em situações posteriores. O medo do fracasso pode criar um ciclo vicioso. Fisiologicamente, a ansiedade libera adrenalina e outras substâncias, que afetam o sistema nervoso autônomo. Cabe lembrar, que para ter ereção não basta querer, pois ela é mediada pelo sistema nervoso autônomo, que é involuntário, ou seja, não está sob nosso controle. E a tensão provocada pela ação das substâncias liberadas com a ansiedade leva à contração dos vasos sanguíneos, impedindo o fluxo de sangue para o pênis, e aí, não rola ereção, ou se acontecer, será difícil manter. E o que é possível para facilitar a ereção? Relaxamento e estímulos sexuais!
A verdade é que episódios de falha são normais. Contudo, quando se tornam repetitivos, trazem angústias e diminuição da qualidade de vida, podem ser considerados uma disfunção sexual.


Mito: o homem nunca pode dizer não à iniciativa sexual de uma parceira
É errado achar que o homem está sempre disposto para o sexo. A disposição relaciona-se ao desejo sexual, e não significa ereção. Respeitar o desejo de cada um é condição básica para o relacionamento. Então, o fato da parceira estar com desejo sexual não quer dizer que o homem também esteja com desejo.


Mito: a disfunção erétil é uma inevitabilidade no processo de envelhecimento
A disfunção erétil ocorre com mais frequência nos homens mais velhos, mas não quer dizer que seja inevitável ao processo de envelhecimento. Com o avançar da idade, o homem precisa de mais estímulos sexuais do que na juventude. E a verdade é que muitos homens em idade avançada têm uma vida sexual satisfatória.
A disfunção pode ser um sinal de outros problemas de saúde, entre eles: patologias cardíacas, diabetes, hipertensão, aterosclerose, desequilíbrios hormonais ou problemas neurológicos. Por isso, consultar um médico é essencial para identificar as causas do problema e procurar um tratamento para retomar a uma vida sexual ativa.










CONJUGALIDADE: As finanças

Está no ar o terceiro vídeo da série Conjugalidade - As finanças. E aí, como vocês lidam com as finanças?







CONJUGALIDADE: As responsabilidades domésticas

Está no ar o segundo vídeo da série conjugalidade, desta vez vamos falar sobre um tema bastante discutido nos consultórios e fora deles, no dia-a-dia dos casais: As Responsabilidades Domésticas!
Venha ver!







terça-feira, 18 de outubro de 2016

CONJUGALIDADE: O que é um casal?

Nosso canal está no ar! E o primeiro vídeo também! Iniciamos com o primeiro vídeo da série CONJUGALIDADE - O que é casal?
E você já parou para pensar o que significa um casal? Bem, venha desvendar esse 'enigma'!










segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A novidade do Sexualizando!

Temos uma novidade incrível para contar, temos mais um espaço de interação para sexualizar: um canal no Youtube! Com muita descontração, sem pré-conceitos e distinções nosso canal é reservado para a ciência sobre emoções, crenças, mitos, DST, Direitos Sexuais e Reprodutivos, problemas, relacionamentos, comportamentos, disfunções e tudo mais que se relaciona a Sexualidade Humana...
Expie. Leia. Participe. Discuta. Sinta-se à vontade, mas com moderação!
Inscreva-se já (aqui)!









domingo, 25 de setembro de 2016

Série: Mitos sobre a Saúde Sexual - Você sabe o que fazer para dar prazer a outra pessoa?



Você se enganou se veio ler achando que eu daria uma fórmula mágica de prazer. Sexo não é instantâneo como Miojo, e muito menos, encaixa-se em padrões. Sexo é construído. Cada um tem suas preferências, suas fantasias, seus prazeres. E hoje vamos falar, sim, sobre outro mito da Saúde Sexual: a ideia de que pessoas que se amam sabem, intuitivamente, o que fazer para dar prazer sexual à outra pessoa.
E aí, eu pergunto: você sabe o que dá prazer a pessoa com quem você transa? Você conhece as fantasias dela? Se você respondeu sim, que ótimo! Você, provavelmente já teve um papo bacana com a pessoa com quem transa. Se você ficou na dúvida ou respondeu não, reforço que a ideia de quem ama sabe intuitivamente não funciona... Entenda o porquê.

É preciso conversar sobre sexo. É preciso conhecer desejos, vontades, fantasias e prazeres um do outro. Bem, a previsibilidade é uma ilusão que criamos pela necessidade de constância, e com isso limitamos o desejo de conhecer, realmente, quem está ao nosso lado. Não conhecemos o prazer de nosso parceiro como julgamos conhecer. Criamos a ilusão de que sabemos aquilo que dá prazer a outra pessoa, quando na verdade não sabemos e compreendemos o prazer do outro. E quais as dicas para conhecer o prazer do outro? Ah, você pode começar com as dicas de outro post (clique aqui). 





terça-feira, 6 de setembro de 2016

Viva o Dia do Sexo!

Hoje, DIA DO SEXO, vamos dar início a nossa série de postagens para desmistificar mitos e crenças errôneas sobre nossa sexualidade. O primeiro tema é bastante complexo, e ainda controverso na Sexologia: o ORGASMO FEMININO.
Pode ser delicado, intenso, sensível, suave, demorado, rápido, ou nem aparecer tanto assim... Enfim, independente do resultado, ele exige investimento! É necessário conhecimento do próprio corpo e muito erotismo, ou seja, técnica, que será adquirida ao longo da vida em nossas experiências e vivências de prazer.

Na mídia vemos diariamente uma enxurrada de ideias, opiniões e informações sobre o orgasmo, como se houvesse um padrão obrigatório para alcança-lo. E pior, muitas vezes, isso acontece sem qualquer base científica. A ideia de que uma mulher que não tenha prazer com a penetração, mas através de outras formas de estimulação seja incompleta e imatura, é totalmente falsa e errada. Não existem vários tipos de orgasmo. O orgasmo é único, seja qual for o estímulo. Vagina e clitóris são indissociáveis na experiência orgástica. O clitóris é o ator principal, e você pode retomar o texto em que falamos sobre ele (clique aqui) para entender melhor este papel.

E aí, nos perguntamos... Será que pode haver alguma condição favorável ao orgasmo?
Sim, pode. Estimulação adequada e suficiente (lembra do investimento lá início?!), e isso pode mudar ao longo da vida. Ah, o parceiro não tem bola de cristal, ok? É preciso que você conheça e saiba comunicar seus prazeres. Também é preciso que você se entregue, agarrando-se aos estímulos e permitindo-se o prazer, sem culpa. E lembre-se, orgasmo é perda de controle. Então, não tenha medo de perder o controle!

E para dar um upgrade em seus conhecimentos sobre o assunto, leia a entrevista interessantíssima com a investigadora Inês Tavares, do SexLab (Universidade do Porto), a qual ela conta os resultados de sua pesquisa sobre o orgasmo feminino (clique aqui).






domingo, 4 de setembro de 2016

Dia Mundial da Saúde Sexual

*imagem retirada do pexels.com



Comparado ao passado, a sexualidade tem cada vez mais deixado de ser um tabu. Contudo, a transformação é lenta e muitos e muitos mitos ainda envolvem a sexualidade. Hoje, 04 de setembro, comemora-se o DIA MUNDIAL DA SAÚDE SEXUAL e a Associação Mundial para a Saúde Sexual lançou como tema para 2016 “Saúde Sexual: Eliminemos os Mitos”. A iniciativa tem por finalidade refletir sobre os mitos que condicionam a saúde sexual e através de informação correta, rigorosa, de base científica e em acordo com os Direitos Sexuais e Reprodutivos contribuir para a eliminação desses mitos.

Como explicado pela presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, Dra. Sandra Vilarinho, as crenças e os mitos apoiam padrões condicionados de gênero, desempenho, beleza, idade, que são alimentados pelas mensagens de “prazer rápido” sugeridas e reforçadas na cultura popular e nas diversas mídias de forma normativa e que deseducam. Vemos diariamente receitas ditadas para o melhor orgasmo, o padrão de genitália, a frequência ideal, a duração e dose certa para o prazer, criando-se um padrão-obrigação, que afasta corpos e práticas da liberdade subjetiva.

O blog irá trazer uma série de postagens para ajudar a descontruir mitos e crenças. Acompanhe! Vamos viver uma sexualidade livre, saudável e plural! Vamos eliminar mitos e crenças equivocadas sobre a sexualidade e o sexo! Vamos nos libertar de padrões! Vamos desmistificar!






terça-feira, 2 de agosto de 2016

Dicas para Melhorar a Vida Sexual


*imagem retirada do Pexels.com


Como está o sexo em sua vida conjugal? O desejo diminuiu? O sexo deixou de ser excitante? Está sem graça? A rotina tem engolido o tesão? Os compromissos profissionais fizeram com que o sexo ficasse para último plano? A dinâmica emocional do dia-a-dia fez o sexo cair no esquecimento? O sexo se tornou apenas um dever?
Se você está se identificando e respondendo sim a essas perguntas, aproveite para ler algumas dicas de como melhorar sua vida sexual:

Falar sobre suas fantasias
Antes de revelar suas fantasias sexuais, o casal deve conversar e se livrar de pré-conceitos. Usar a criatividade e abrir-se para o novo pode aumentar a satisfação sexual, desde que os limites e vontades de cada um sejam respeitados.

Praticar novas posições sexuais
Há vários livros que ensinam novas posições, o mais conhecido com certeza é o “Kama Sutra”. É fundamental manter o bom humor durante a prática. Procure experimentar as posições sexuais mais difíceis e se divirta com isso. Vale se arriscar!

Fazer uma massagem erótica
Faça massagens em diferentes partes do corpo, como pernas, pés e costas. Ao terminar troque de posição, pois os dois deverão receber a massagem. O casal pode perceber o estilo de movimentos que mais agradam a cada um. Os movimentos suaves e circulares irão aumentar a sensação de relaxamento.

Experimentar transar em lugares diferentes
O sexo acontece só em casa, na cama, e quando varia é na cama de um hotel durante uma viagem? Pois bem, explore um lugar novo a cada semana. Que tal o elevador? E a escada de incêndio? Procure por locais inusitados.

Perguntar o que fazer para agradar
Você sabe o que realmente seu parceiro gosta durante o sexo ou acha que sabe? Durante o sexo, pergunte ao outro e mostre como gosta de receber carícias e ser estimulado. Desse jeito, as chances de errar e desagradar serão poucas.


Não trate a vida sexual como um tabu, conversar sobre sexo é muito importante para o casal. Só assim o casal poderá conhecer os prazeres e vontades do outro, e seus próprios. Pratique, ou melhor, pratiquem essas dicas!





terça-feira, 17 de maio de 2016

17/05 - Dia Internacional contra a Homofobia

Escolhi essa foto que representa tudo o que precisamos: amor, paz e respeito. Viva a diversidade! Viva o amor! 


Foto retirada do site globo.com










terça-feira, 8 de março de 2016

As mulheres, o Pompoarismo e os exercícios de Kegel

*imagem retirada do Pexels.com


A prática de exercitar os músculos do assoalho pélvico é muito mais antiga do que podemos imaginar. Especialmente na Índia, estes exercícios passam de geração para geração, entre as mulheres.
O pompoarismo é originário da Índia, onde se escreve 'pahm-pour', uma arte milenar que vem do tantrismo, cuja técnica consiste em contrair voluntariamente a musculatura pélvica e tem o objetivo de prolongar e intensificar o prazer sexual do casal. No conceito clássico, o pompoarismo consistiria de 8 manobras de contração da musculatura vaginal, com diferentes intensidades e velocidades, para produzir movimentos variados no momento em que o pênis esteja dentro do canal vaginal, induzindo sensações eróticas no pênis. De acordo com essa antiga teoria, a vagina é formada por 'anéis vaginais', e estes poderiam ser contraídos individualmente ou todos ao mesmo tempo, de forma alternada ou sequencial.
Contudo, o conhecimento sobre a anatomia humana nos mostra que não são estes anéis vaginais que realizam estes movimentos, mas sim, são produzidas através da associação de diferentes movimentos de quadril, contrações abdominais e por diferentes tipos de contrações dos músculos do assoalho pélvico. Existe um grande anel muscular que envolve a vagina, e a contração é conjunta. As manobras pompoares existem, contudo, não há como contrair apenas uma região desse grande anel muscular. O anel muscular se contrai como um todo, ao mesmo tempo, até porque a inervação é uma só, e isso pode acontecer de forma voluntária e consciente, ou inconsciente, como geralmente acontece no orgasmo.  
Durante a década de 40, Arnold Kegel, ginecologista alemão, introduziu ao tratamento de suas pacientes com incontinência urinária no pós-parto, um treino para os músculos do assoalho pélvico. Curiosamente, percebeu-se não só a melhora da incontinência urinária, mas também a da vida sexual, principalmente do orgasmo. Esses exercícios são muito semelhantes aos do pompoarismo e têm como objetivo o fortalecimento da região e maior percepção genital, pois possibilitam perceber as sensações prazerosas na região vaginal. Estas contrações vaginais durante o ato sexual são prazerosas para a mulher, mas também para o parceiro. Além do mais, a mulher torna-se mais ativa na relação, e o encontro passa a ser mais erótico e estimulante.
Uma boa amante reconhece seus próprios desejos e fantasias sexuais, sabe se dar prazer, pois o autoconhecimento sobre si e seus sentimentos é fundamental. E a prática do pompoarismo, ou mesmo dos exercícios de Kegel não são exclusivos das mulheres, homens também podem praticar. Em outro momento conversaremos mais sobre o assunto.








sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Você é dona/dono de suas FANTASIAS SEXUAIS!

Você pensa que é único em ter fantasias sexuais? Enganou-se! Difícil mesmo é ter coragem de contá-las, mas todas as pessoas têm fantasias. E mais, são tão frequentes em mulheres como em homens.
As fantasias podem ser uma forma de estimular a intensidade do desejo e a vida sexual no cotidiano, mesmo para casais que tenham muita atração entre si, pois a excitação não é linear, tem seus altos e baixos. E não se preocupe com suas fantasias, com a censura ou as críticas negativas, a única pessoa que as vê é você. Pense bem,  as fantasias são suas, somente suas, então o espetáculo é seu!  Elenco, roteiro, direção, cenas, edição, ângulos, local, efeitos especiais, tudo isso fica por sua conta e pode ir de uma cena dos romances Sabrina até malabarismos circenses.

Acontece que nem todos conseguem dar asas à imaginação, por sentir culpa, vergonha ou medo de ser descoberto em seu mundo de fantasias. Mesmo que a maioria das pessoas tenham fantasias sexuais, raramente são colocadas em prática.  Vale esclarecer então, que as fantasias sexuais não funcionam como as outras fantasias. Como assim? Se você sonha com um determinado carro, acredito que você queira ter tal carro, ou seja, a ligação entre a fantasia e o desejo real é agradavelmente descomplicada. Só que as fantasias sexuais não refletem a realidade desta mesma forma, elas envolvem fingimento. Sim, as fantasias sexuais envolvem uma simulação, uma representação, não a coisa autêntica, e nem necessariamente o desejo dessa coisa autêntica. As fantasias são muito mais do que parecem ser em sua superfície, assim como os sonhos e as obras de arte são criações psíquicas complexas, com um  conteúdo simbólico que não precisa ser traduzido literalmente. Então, fantasie, dê asas a imaginação!