domingo, 25 de setembro de 2016

Série: Mitos sobre a Saúde Sexual - Você sabe o que fazer para dar prazer a outra pessoa?



Você se enganou se veio ler achando que eu daria uma fórmula mágica de prazer. Sexo não é instantâneo como Miojo, e muito menos, encaixa-se em padrões. Sexo é construído. Cada um tem suas preferências, suas fantasias, seus prazeres. E hoje vamos falar, sim, sobre outro mito da Saúde Sexual: a ideia de que pessoas que se amam sabem, intuitivamente, o que fazer para dar prazer sexual à outra pessoa.
E aí, eu pergunto: você sabe o que dá prazer a pessoa com quem você transa? Você conhece as fantasias dela? Se você respondeu sim, que ótimo! Você, provavelmente já teve um papo bacana com a pessoa com quem transa. Se você ficou na dúvida ou respondeu não, reforço que a ideia de quem ama sabe intuitivamente não funciona... Entenda o porquê.

É preciso conversar sobre sexo. É preciso conhecer desejos, vontades, fantasias e prazeres um do outro. Bem, a previsibilidade é uma ilusão que criamos pela necessidade de constância, e com isso limitamos o desejo de conhecer, realmente, quem está ao nosso lado. Não conhecemos o prazer de nosso parceiro como julgamos conhecer. Criamos a ilusão de que sabemos aquilo que dá prazer a outra pessoa, quando na verdade não sabemos e compreendemos o prazer do outro. E quais as dicas para conhecer o prazer do outro? Ah, você pode começar com as dicas de outro post (clique aqui). 





terça-feira, 6 de setembro de 2016

Viva o Dia do Sexo!

Hoje, DIA DO SEXO, vamos dar início a nossa série de postagens para desmistificar mitos e crenças errôneas sobre nossa sexualidade. O primeiro tema é bastante complexo, e ainda controverso na Sexologia: o ORGASMO FEMININO.
Pode ser delicado, intenso, sensível, suave, demorado, rápido, ou nem aparecer tanto assim... Enfim, independente do resultado, ele exige investimento! É necessário conhecimento do próprio corpo e muito erotismo, ou seja, técnica, que será adquirida ao longo da vida em nossas experiências e vivências de prazer.

Na mídia vemos diariamente uma enxurrada de ideias, opiniões e informações sobre o orgasmo, como se houvesse um padrão obrigatório para alcança-lo. E pior, muitas vezes, isso acontece sem qualquer base científica. A ideia de que uma mulher que não tenha prazer com a penetração, mas através de outras formas de estimulação seja incompleta e imatura, é totalmente falsa e errada. Não existem vários tipos de orgasmo. O orgasmo é único, seja qual for o estímulo. Vagina e clitóris são indissociáveis na experiência orgástica. O clitóris é o ator principal, e você pode retomar o texto em que falamos sobre ele (clique aqui) para entender melhor este papel.

E aí, nos perguntamos... Será que pode haver alguma condição favorável ao orgasmo?
Sim, pode. Estimulação adequada e suficiente (lembra do investimento lá início?!), e isso pode mudar ao longo da vida. Ah, o parceiro não tem bola de cristal, ok? É preciso que você conheça e saiba comunicar seus prazeres. Também é preciso que você se entregue, agarrando-se aos estímulos e permitindo-se o prazer, sem culpa. E lembre-se, orgasmo é perda de controle. Então, não tenha medo de perder o controle!

E para dar um upgrade em seus conhecimentos sobre o assunto, leia a entrevista interessantíssima com a investigadora Inês Tavares, do SexLab (Universidade do Porto), a qual ela conta os resultados de sua pesquisa sobre o orgasmo feminino (clique aqui).






domingo, 4 de setembro de 2016

Dia Mundial da Saúde Sexual

*imagem retirada do pexels.com



Comparado ao passado, a sexualidade tem cada vez mais deixado de ser um tabu. Contudo, a transformação é lenta e muitos e muitos mitos ainda envolvem a sexualidade. Hoje, 04 de setembro, comemora-se o DIA MUNDIAL DA SAÚDE SEXUAL e a Associação Mundial para a Saúde Sexual lançou como tema para 2016 “Saúde Sexual: Eliminemos os Mitos”. A iniciativa tem por finalidade refletir sobre os mitos que condicionam a saúde sexual e através de informação correta, rigorosa, de base científica e em acordo com os Direitos Sexuais e Reprodutivos contribuir para a eliminação desses mitos.

Como explicado pela presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, Dra. Sandra Vilarinho, as crenças e os mitos apoiam padrões condicionados de gênero, desempenho, beleza, idade, que são alimentados pelas mensagens de “prazer rápido” sugeridas e reforçadas na cultura popular e nas diversas mídias de forma normativa e que deseducam. Vemos diariamente receitas ditadas para o melhor orgasmo, o padrão de genitália, a frequência ideal, a duração e dose certa para o prazer, criando-se um padrão-obrigação, que afasta corpos e práticas da liberdade subjetiva.

O blog irá trazer uma série de postagens para ajudar a descontruir mitos e crenças. Acompanhe! Vamos viver uma sexualidade livre, saudável e plural! Vamos eliminar mitos e crenças equivocadas sobre a sexualidade e o sexo! Vamos nos libertar de padrões! Vamos desmistificar!