
Muitos casais vivem a sexualidade de forma intensa, constante e muito prazerosa até o belo dia em que alguém lhes diga: ‘... Até que a morte os separe!’ Este é o belo dia, em que, o relacionamento assume um compromisso e uma responsabilidade ainda maiores.
De repente, a intensidade, constância e, o mais importante, AQUELE DESEJO já não fazem parte do dia-a-dia do casal. Alguns recém-casados ainda conseguem manter a ‘chama acessa’ durante algum tempo, leia-se bem alguns.
E aí vem a pergunta: Será que a rotina detona a sexualidade do casal?
A rotina e o estresse do dia-a-dia são os campeões das ‘desculpas’ ou ‘achismos’ dos pacientes que ao chegar aos consultórios reclamam da falta de desejo. Mas, a verdade é que apesar de existirem vários fatores, até mesmo a rotina e o estresse, contribuindo para a diminuição do desejo, muitos casais não conseguem diferenciar desejo e afeto ao olhar a pessoa que amam. Ou melhor, diferenciam tão bem que acreditam que em um relacionamento amoroso os dois sentimentos não possam conviver harmonicamente. Isto vem de crenças religiosas de que o sexo é somente para a reprodução, mitos, educação sexual errônea... Que levam as pessoas a pensarem, e viverem o sexo como algo sujo, como uma sacanagem, como pecado e então, não conseguem vivenciá-lo com a pessoa que, realmente, amam.
É preciso não desejar ter a pessoa amada, apenas, para ter pelo resto da vida ao seu lado, em bons ou maus momentos, para uma boa conversa, ou para ser a mãe/pai dos seus filhos, ou ainda, estar do outro lado da cama todos os dias na hora de dormir... É preciso desejá-la com intensidade, intimamente, carnalmente... A verdade é que o desejo caminha junto com o afeto num relacionamento amoroso, quando se ama também se deseja.
É tão difícil no corre-corre do dia-a-dia ligar para a pessoa amada sem que precise dar um recado, apenas para dizer que a ama? É tão difícil sonhar com um momento prazeroso mesmo estando acordado? E as fantasias eróticas estão fora da sua realidade?
