*imagem retirada do Pexels.com
A prática de exercitar os
músculos do assoalho pélvico é muito mais antiga do que podemos imaginar. Especialmente
na Índia, estes exercícios passam de geração para geração, entre as mulheres.
O pompoarismo é originário da Índia, onde se escreve
'pahm-pour', uma arte milenar que vem do tantrismo, cuja técnica consiste em
contrair voluntariamente a musculatura pélvica e tem o objetivo de prolongar e
intensificar o prazer sexual do casal. No conceito clássico, o pompoarismo
consistiria de 8 manobras de contração da musculatura vaginal, com diferentes
intensidades e velocidades, para produzir movimentos variados no momento em que
o pênis esteja dentro do canal vaginal, induzindo sensações eróticas no pênis.
De acordo com essa antiga teoria, a vagina é formada por 'anéis vaginais', e
estes poderiam ser contraídos individualmente ou todos ao mesmo tempo, de forma
alternada ou sequencial.
Contudo, o conhecimento sobre a
anatomia humana nos mostra que não são estes anéis vaginais que realizam estes
movimentos, mas sim, são produzidas através da associação de diferentes movimentos
de quadril, contrações abdominais e por diferentes tipos de contrações dos
músculos do assoalho pélvico. Existe um grande anel muscular que envolve a
vagina, e a contração é conjunta. As manobras pompoares existem, contudo, não
há como contrair apenas uma região desse grande anel muscular. O anel muscular
se contrai como um todo, ao mesmo tempo, até porque a inervação é uma só, e
isso pode acontecer de forma voluntária e consciente, ou inconsciente, como geralmente
acontece no orgasmo.
Durante a década de 40, Arnold
Kegel, ginecologista alemão, introduziu ao tratamento de suas pacientes com
incontinência urinária no pós-parto, um treino para os músculos do assoalho
pélvico. Curiosamente, percebeu-se não só a melhora da incontinência urinária,
mas também a da vida sexual, principalmente do orgasmo. Esses exercícios são
muito semelhantes aos do pompoarismo e têm como objetivo o fortalecimento da
região e maior percepção genital, pois possibilitam perceber as sensações
prazerosas na região vaginal. Estas contrações vaginais durante o ato sexual são
prazerosas para a mulher, mas também para o parceiro. Além do mais, a mulher
torna-se mais ativa na relação, e o encontro passa a ser mais erótico e
estimulante.
Uma boa amante reconhece seus próprios desejos e
fantasias sexuais, sabe se dar prazer, pois o autoconhecimento sobre si e seus
sentimentos é fundamental. E a prática do pompoarismo, ou mesmo dos exercícios
de Kegel não são exclusivos das mulheres, homens também podem praticar. Em
outro momento conversaremos mais sobre o assunto.
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