quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Um pouquinho sobre SEXUALIDADE HUMANA

Há pouco tempo, a sexualidade ainda era considerada expressão de “baixos instintos animais”, que deveriam ser combatidos, subjugados e controlados. Foi nas últimas décadas do século XX que aconteceu nas sociedades ocidentais um conjunto de transformações profundas e aceleradas nos valores, normas e práticas sociais sobre as questões da sexualidade. Alargou-se o repertório sexual, diversificaram-se as normas e trajetórias da vida sexual, multiplicaram-se os saberes e as representações da sexualidade. As transformações sociais mais globais, as mudanças produzidas na mentalidade e nas instituições mais relacionadas, a conjugalidade e o campo das relações familiares, foram construindo e modelando a sexualidade humana e as suas regras morais. Isto não quer dizer que as investigações cientificas tenham superado as questões que envolvem a sexualidade, ao contrario, ainda há uma grande necessidade em compreender a sexualidade à luz de pesquisas cientificas.
Ainda vivemos numa época em que a temática sobre sexualidade está num patamar difícil, pois nossa sociedade tem se mascarado numa liberdade aparente em relação ao sexo. A chamada liberdade sexual não implica ausência de conflitos relacionados à sexualidade, mas sim a possibilidade em lidar com tais conflitos havendo o mínimo de desgaste emocional, medo e outros transtornos decorrentes do uso da sexualidade. Mesmo no século XXI, há questionamentos sobre posturas, valores, atitudes e relacionamentos, que merecem maior compreensão e pesquisas, pois o exercício da sexualidade deve ser encarado com consciência.
A vivência da sexualidade está diretamente relacionada à forma pela qual os valores e as práticas sociais são percebidas e incorporadas pelos sujeitos, refletindo as diferentes culturas que coexistem nas sociedades. Hoje, sabemos que a sexualidade é uma característica inerente ao ser humano, desde a vida intra-uterina até o final de sua existência, constituindo-se numa forma de expressão que reflete o contexto sociocultural no qual o sujeito está inserido e se desenvolve. É parte integrante da personalidade do indivíduo.


Abdo CHN. Sexualidade Humana e seus transtornos. 2a ed. São Paulo: Lemos Editorial; 2001.
Bozon, M. Sociologie de Ia sexualité, s.I., Nathan/VUEF, 2002.
Vilar D. A educação sexual faz sentido no actual contexto de mudança? Educação Sexual em Rede, 1, 2005.
Zampieri MC. O sexo na universidade: um estudo sobre a sexualidade e o comportamento sexual do adolescente univesitário. São Paulo: Arte & Ciencia, 2004.
Melo ASAF, Santana JSS. Sexualidade: Concepções, valores e condutas entre universitários de biologia da UEFS. Revista baiana de saúde pública, 29(2), 2005.







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