quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Os Anabolizantes e a Sexualidade


Os esteróides androgênicos anabólicos, popularmente conhecidos como anabolizantes, são hormônios esteróides naturais e sintéticos que promovem a divisão e o crescimento celular, resultando no desenvolvimento de diversos tecidos, especialmente muscular e ósseo.

Anabolizantes podem ser administrados via oral ou injetável e são derivados do hormônio sexual masculino - a testosterona. Os esteróides anabólicos têm sido usados desde sua descoberta em vários procedimentos médicos, sendo comum para condições crônicas debilitantes, como o câncer e a AIDS. Contudo, além dos efeitos fisiológicos e de virilização/masculinização, eles têm sido associados a diversos efeitos colaterais quando administrados em doses excessivas. Muitos países possuem leis para controlar o uso e a distribuição destes esteróides.

Os efeitos são anabólicos e de virilização (por andrógenos). Entre os anabólicos estão: aumento da síntese protéica a partir de aminoácidos; aumento da massa e força muscular; aumento do apetite; aumento da remodelagem e crescimento ósseo; estimulação da medula óssea que leva ao aumento da produção de células vermelhas no sangue. Já os efeitos decorrentes dos andrógenos são: hipertrofia clitoriana em mulheres e crescimento do pênis em meninos (quando o pênis ainda está em fase de crescimento, no adulto não há mudança); aumento dos pelos sensíveis aos andrógenos (púbicos, barba, peito, membros); aumento do tamanho das cordas vocais; aumento da libido; supressão dos hormônios sexuais endógenos; prejuízos na espermatogênese.

Contudo, a maneira como os anabolizantes são metabolizados no organismo levam a possibilidade de efeitos colaterais, e dentre eles temos:

• Aumento da pressão sangüínea

• Elevação do colesterol (aumentam os níveis de LDL e diminuem os de HDL), e isto pode levar ao maior risco de doenças cardiovasculares.

• Acne (pela estimulação das glândulas sebáceas)

• Prejuízos na conversão para Dihidrotestosterona, o que pode acelerar ou causar calvície precoce e câncer de próstata.

• Alteração da morfologia do ventrículo esquerdo do coração

• Hepatoxicidade

• Crescimento acima do normal da gengiva


Nos homens os efeitos colaterais incluem: ginecomastia (desenvolvimento das mamas); função sexual reduzida e infertilidade temporária; atrofia testicular e prejuízo na espermatogênese (processo de formação do espermatozóide). Já em mulheres os efeitos colaterais são os seguintes: crescimento de pêlos pelo corpo; disfonia vocal; hipertrofia clitoriana; diminuição temporária nos ciclos menstruais. Contudo, quando usados por adolescentes, esses efeitos colaterais podem ser ainda maiores. O crescimento fica comprometido, há aceleração na maturação óssea, aumento na freqüência e duração das ereções, desenvolvimento sexual precoce, hipervirilização, hipergonadismo, aumento dos pêlos por todo o corpo, inclusive os púbicos e a barba.

O uso dos esteróides anabólicos ainda é o centro de muita controvérsia, pois assim como outras drogas, na cultura popular há muitas concepções errôneas que surgiram com a falta de conhecimento sobre os seus reais efeitos. E depois de ler o que foi descrito acima, será que ainda vale a pena colocar sua saúde sexual em risco? Será que vale a pena colocar a sua saúde em risco por pura vaidade? Será que vale a pena ter o corpo ideal proposto pela mídia? Mesmo que o uso seja feito com acompanhamento médico, vale a reflexão!







Foto ilustrativa retirada da internet

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Disfunções Sexuais Femininas



Uma disfunção sexual acontece quando há um bloqueio de natureza física e/ou psicológica, que resulta na interrupção de uma das fases que compõe o ciclo da resposta sexual humana. Existem vários tipos de disfunção, dependente da fase do ciclo que é interrompida.


DESEJO HIPOATIVO
Caracteriza-se pela diminuição ou ausência total de fantasias eróticas e de desejo em ter atividade sexual. Esta situação acaba gerando um grande sofrimento, além de poder criar conflitos entre um casal.


DISFUNÇÃO ORGÁSMICA OU ANORGASMIA
É a dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo após uma fase de excitação sexual adequada em termos de foco, intensidade e duração. Esta dificuldade deve ser recorrente ou persistente.


DISPAREUNIA
É a dor vaginal, persistente ou recorrente, durante o coito. Mais freqüente em adolescentes - pela inexperiência, falta de informação, secura vaginal, receios, entre outros – e na menopausa quando a maioria das mulheres acaba tendo menos lubrificação vaginal natural. A dor também pode ser causada por vaginismo, ou seja, a contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impede a penetração.


DISFUNÇÃO EXCITATÓRIA
Dificuldade, persistente ou recorrente, de obter ou manter a excitação sexual, medida geralmente em termos de lubrificação vaginal.


O que pode causar uma disfunção sexual?
Geralmente, a disfunção sexual pode ter várias causas, tal como a existência de algumas doenças - diabetes, hipertensão, hipotireoidismo, depressão, entre outras -, a ingestão de álcool em excesso, medicamentos ou drogas. Entre as causas psicológicas, as que mais influenciam a disfunção sexual são: estresse, cansaço, baixa auto-estima, problemas no relacionamento, sentimento de culpa, educação rígida, mas existem muitas outras.
É importante salientar que muitas vezes estes fatores podem atuar simultaneamente na disfunção sexual.


Como tratar?
As disfunções sexuais começam a ser encaradas como verdadeiros problemas e não como motivo de vergonha, o que contribui para a maior procura por ajuda especializada. O tratamento das disfunções varia conforme a sua causa, o que pode incluir terapêutica farmacológica e/ou psicoterápica focada na terapia sexual.

Caso se identifique com algumas das situações referidas, procure um profissional especialista que possa ajudar a solucionar este problema.

 
 
 
 
 
OBS.: A imagem foi retirada da internet.
 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Sexualidade Humana no Brasil

Atualmente a investigação científica faz parte da base do desenvolvimento econômico, social e cultural de uma nação moderna. Apesar do papel de destaque que o Brasil possui no cenário internacional quando se fala em desenvolvimento, ainda há muito que fazer pelo incentivo a ciência.

Na área de Sexualidade Humana o ensino, a investigação científica e também a clínica apresentam dificuldades ainda maiores, advindas da necessidade em se ultrapassar as limitações não só da cultura científica, mas principalmente da cultura social. Há poucos centros de excelência voltados ao ensino e a prática em Sexualidade Humana, especialmente ao pensar nas proporções do território brasileiro. O ensino é a base para a investigação e a clínica da sexualidade, contudo, são poucas as universidades que oferecem uma disciplina curricular que aborde o tema. É necessária uma reforma no ensino, e não só universitário, mas também no ensino de base que deve abordar a educação sexual com profissionais devidamente qualificados para passar o tema de forma clara e eficiente à população. Este é um grande passo para a desconstrução de conceitos errôneos a respeito da Sexualidade Humana, ainda muito fortes na sociedade.

Cada vez mais os profissionais das humanas e saúde têm sentido a necessidade de procurar cursos de pós-graduação e extensão que abordem o tema Sexualidade Humana. Mas esta realidade ainda é distante... Poucos profissionais, realmente, estão preparados para lidar com o tema. Além do mais, falta estrutura...

Mas por que não há investimento na área clínica de Sexualidade? Primeiro que não há recursos humanos, tanto científico como tecnicamente capacitados, também há o desinteresse público e privado que prioriza outras áreas clínicas. Ainda deve-se pensar no custo de unidades especializadas, principalmente para casos mais complexos. É a era da transdisciplinaridade, talvez se conseguisse melhores resultados para essa área ainda tão nebulosa, se houvessem investimentos em algumas unidades de referência que pudessem unir a clínica de Sexualidade ao ensino e investigação. Além é claro, da possibilidade clara de reunir profissionais de diversas especialidades em prol da Sexualidade Humana e do paciente.

Este é um assunto que cada vez mais se mostra importante para reflexões e discussões!







terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dizer eu te amo é coisa séria

Li esse texto e quis compartilhar aqui, uma reflexão a respeito dos nossos sentimentos.....Dizer eu te amo é coisa séria: Dizer eu te amo é coisa séria - Artigos - Msn Encontros

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sexualidade X Idade = Homens em Conflito

A sexologia é uma área de conhecimento extremamente complexa, compreendida de acordo com as crenças e os valores subjetivos de cada indivíduo, e está em constante mutação. Cada indivíduo é influenciado e influencia as atitudes e comportamentos sexuais, simplesmente por ser um ser sexuado desde seu nascimento.
Com a idade algumas mudanças de padrão na sexualidade ocorrem, em ambos os sexos. O homem é capaz de continuar tendo ereções suficientemente rígidas para a penetração durante toda a vida, contudo o medo da impotência e da velhice acaba por desencadear situações de estresse, falta de auto-estima e inversão de valores.
Junto com a chegada da idade, o corpo, estilo de vida e desempenho sexual vão se modificando. Além do mais tanto homens como mulheres estão sujeitos a alterações hormonais físicas e psicológicas que influenciam a fisiologia do corpo. Em alguns homens tem-se observado uma deficiência parcial androgênica antes mesmo dos 40 anos.
A sexualidade muda com o passar dos anos, talvez a mudança maior seja da quantidade para a qualidade. Porém, isso não significa uma vida sexual insatisfatória, sem prazer. A vida sexual é um processo de amadurecimento que acompanha o passar do tempo. E é possível tornar a relação sexual melhor com a idade, sim!
O pensamento de sexo é para jovens e a associação entre vitalidade e juventude, é comum. Entretanto, não passam de idéias e conceitos equivocados. A vivência do homem é resultante de suas experiências acumuladas em algum lugar, em algum tempo passado. A sexualidade não é um momento, mas sim, uma vivência, uma interação e um contínuo aprendizado de como expressar emoções e desejos.
O homem é culturalmente educado para ser o ‘macho’, o que faz com que a auto-estima esteja diretamente ligada a sua capacidade. E vou além, a cultura acaba por relacionar diretamente a sexualidade à identidade masculina. Para o homem o rendimento sexual é super valorizado, o que o traz a responsabilidade do funcionamento eficiente, e caso isso não ocorra, há o menosprezo. Todavia, é preciso saber que o medo de fracassar pode descarregar altas doses de adrenalina na corrente sangüínea, e essa é um dos maiores inimigos do mecanismo de ereção. O medo de falhar pode levar a falha e quanto maior o medo, mais facilmente o homem ficará impotente.
Mas o que fazer para melhorar esta situação? Buscar informações é a forma mais adequada para lidar com mitos e recuperar a capacidade de satisfação sexual. A insegurança pode ser superada quando há afetividade na relação, independente da idade. É preciso autoconfiança. Ao buscar novas formas de prazer, diferente do que acontece na adolescência, e aceitar que o desempenho sexual esta mudando com o passar dos anos, torna possível trabalhar mente e corpo para que a vida sexual permaneça em alta. A comunicação entre o casal é muito importante.
Mesmo com tanto acesso a informações, o mito de que a sexualidade não emplaca com a chegada da idade, ainda persiste. Este pode ser o resultado dos modelos de juventude e beleza propostos pela mídia. É necessário eliminar ‘regras’ como: “sexo só tem sentido com penetração e orgasmo”; “a ereção deve vir rapidamente mesmo diante de um pequeno contato sexual”; “a(o) parceira(o) só tem prazer com uma boa ereção”. É possível que muitos homens sejam mais hábeis sexualmente aos 40 do que aos 20 anos. Claro que a prática de exercícios físicos e uma dieta saudável podem diminuir os efeitos dos fatores que interferem na sexualidade.

O importante é aprender a mudar com as mudanças, adaptar-se e integrar-se às novas possibilidades, e não exigir do corpo algo que ele não possa!






(Imagem retirada da internet)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dia do Orgulho Bissexual

Hoje, 23 de setembro, é o Dia do Orgulho Bissexual. Abaixo qualquer tipo de preconceito, estamos juntos na luta contra a Bifobia. Com exceção dos intersexos, biologicamente nascemos homens ou mulheres e ao longo da infância, como traz a maioria dos autores, iremos desenvolver a formação de nossa identidade sexual. A identidade sexual nos traz a idéia de nosso sexo psicológico estar ou não de acordo com nosso sexo anatômico. Não estando, em último grau temos o caso de transexualidade como exemplo. A orientação afetivo-sexual não está ligada a esta relação corpo X identidade, é ela que nos torna homossexuais, heterossexuais, bissexuais ou assexuais. Esta orientação é o desejo em se relacionar emocional e sexualmente com homens, mulheres, ambos ou nenhum dos sexos. Os bissexuais sentem atração tanto por homens como por mulheres. E ao contrário do que muitos julgam ser, não é uma fase anterior à confirmação da homossexualidade. Ainda não sabemos como a nossa orientação sexual é definida, mas acreditamos em sua determinante multifatorial, independente de qual seja ela.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Terapia Sexual

O que é Terapia Sexual?

Terapia sexual é o conjunto da psicoterapia e da farmacoterapia (quando necessária) orientadas para o tratamento dos transtornos e dificuldades sexuais. A terapia sexual moderna não limita o processo terapêutico à superação do problema, trabalha outras áreas da personalidade buscando promover tanto a adequação intra como interpessoal. A psicoterapia pode ser individual, de casal ou ainda, o conjunto dos dois.

A psicoterapia amplia o autoconhecimento, revê falsos conceitos e fornece orientação. Em relação ao casal, objetiva facilitar a comunicação e o conhecimento sobre o funcionamento do relacionamento, o que permite perceber os erros no cotidiano e como isso se reflete na dinâmica sexual.

Existem 3 tipos de disfunções sexuais: orgânicas, psicogênicas e mistas (orgânica + psicogênica). Mesmo as disfunções estritamente orgânicas acabam, na maioria dos casos, abalando o emocional. Então a Terapia Sexual é necessária, em conjunto com o acompanhamento médico, para restaurar a auto-estima.

Com o tratamento é possível perceber que a sua vida sexual pode ser muito mais prazerosa e gratificante do que era exercitada!





terça-feira, 14 de junho de 2011

Os Benefícios do Sexo para a Saúde

Na semana passada fui procurada para escrever um texto sobre os benefícios do sexo para a saúde para a sessão de saúde de um portal. Claro, ninguém mais duvida disto... mas, os benefícios vão muito além do que já sabemos!
Aqui no blog, estou postando o texto na íntegra e também o link da matéria . Que esta leitura traga boas reflexões a todos!



Muitos dos benefícios relacionados ao ato sexual freqüente estão relacionados ao equilíbrio e estimulo do potencial de nossa fisiologia, sem esquecer-se do aumento de auto-estima e ânimo para enfrentar as dificuldades diárias, por atingir positivamente nosso psicológico.
Durante a excitação sexual ocorre o aumento de adrenalina e conseqüentemente, da freqüência cardíaca que leva ao maior fluxo sanguíneo por todo o corpo, estimulando a irrigação sanguínea. Portanto a melhora da circulação sanguínea melhora o metabolismo celular e, por conseguinte aumenta a capacidade do sistema imunológico, elimina dores musculares, revitaliza células, músculos e a pele. Isto explica diversos benefícios da atividade sexual em nosso organismo.

Contudo, os benefícios não param por aí. A relação sexual auxilia na produção de endorfina, serotonina e dopamina, sendo essas últimas substâncias antidepressivas. Mesmo a anatomia e fisiologia sexual masculina e feminina diferindo, há duas reações fisiológicas importantes que se iniciam na estimulação sexual: a vasocongestão e a miotonia. A vasocongestão é o enchimento de sangue dos órgãos e a miotonia os espasmos involuntários que ocorrem em alguns tecidos musculares. Desta forma, perto do clímax da relação (o orgasmo), há o ápice de tensão muscular e vasocongestão, e surgem os espasmos involuntários. Ao atingir o orgasmo, toda a tensão é liberada, trazendo um sentimento de bem-estar próprio da liberação da endorfina pelo cérebro. Esta liberação relaxa as paredes dos vasos, facilitando a fluidez do sangue, que diminui riscos de enfartes e derrames provocados pelo entupimento das veias, pois há uma maior absorção de oxigênios pelas artérias.

A endorfina é responsável pelo prazer, e também pelo sono após o ato, pois esse neurotransmissor atinge mecanismos cerebrais que controlam o humor, a resistência ao estresse e á dor. Todos nós já sentimos a sensação de bem-estar após um exercício físico, isto acontece devido à liberação de endorfina, assim como na atividade sexual. E o sexo também é considerado uma atividade sexual relaxante por aliviar tensões e descarregar energias, levando a ativação do metabolismo. Acredita-se que um ato sexual intenso, com duração de 15 minutos, queime até 300 calorias.

Um recente estudo norte-americano revela que relações sexuais freqüentes, em média uma a cada 48 horas, estimulam a produção de testosterona, que para os homens têm um papel fundamental na libido e desempenho sexual, além de proteger o coração e os ossos. Também para as mulheres, a testosterona é um hormônio importante para a sexualidade. Outro estudo americano recente traz que as pessoas que praticam sexo com freqüência vivem mais e tem menos riscos de desenvolver câncer.

Cada vez mais os estudos comprovam os benefícios de uma vida sexual saudável para nosso organismo. A atividade sexual é fundamental, ao ponto da Organização Mundial de Saúde apontá-la como um dos sete índices para medir a qualidade de vida. Em contrapartida, nossos hábitos diários atuais acabam afetando nossa sexualidade, deixando-a para último plano. Não vamos permitir que isso aconteça. Vamos prezar por nossa saúde sexual, já que ela nos traz tantos benefícios. Afinal de contas fomos feitos seres sexuados.



OBS: caso não apareça o link da matéria, aqui está para cortar e colar na barra: http://saude.hagah.com.br/especial/pr/qualidade-de-vida-pr/19,0,3350174,Os-beneficios-do-sexo-para-a-saude.html


domingo, 12 de junho de 2011

Feliz Dia dos Namorados!!


O blog deseja a todos os casais (casados, noivos, namorados, enrolados) um dia especial! O namoro é a uma das fases mais especiais do relacionamento, pelo menos deveria ser. É durante o namoro que estamos nos conhecendo, a paixão está no ar, existe um certo mistério, tudo é novidade, os encontros são emocionantes, sentimos um frio na barriga, enfim, o namoro serve para conhecermos nosso parceiro e nos envolvermos. Contudo, mesmo com os anos e os compromissos e as responsabilidades que aumentam tanto dentro do relacionamento como em outras áreas da nossas vidas, não devemos esquecer nunca de sermos 'eternos namorados'.
Os relacionamentos devem ser construtivos, positivamente, para as duas partes. Então, vamos sempre caprichar no romance e surpreender a pessoa amada para nunca cair na 'mesmice' que a rotina nos traz!





segunda-feira, 6 de junho de 2011

A Riqueza de um Casamento Romântico

No site do Dr. Flávio Gikovate (www.flaviogikovate.com.br), um renomado Psiquiatra e Escritor, encontrei este artigo que fala sobre a riqueza de um casamento romântico. Com um interessante ponto de vista sobre o amor e como ele pode ser duradouro, e a diferença entre um relacionamento construído somente a partir do desejo  sexual, e como a semelhanças na personalidade e nos projetos futuros contribuem para um relacionamento romântico e feliz. Vale a pena ler e refletir!



"Do ponto de vista teórico, os casamentos com altos e duradouros lances de romantismo deveriam ser muito mais freqüentes que aqueles baseados em uma sexualidade rica e exuberante. Mas, na prática, isso não ocorre. Não quero dizer que sejam tão comuns as uniões sexualmente satisfatórias, mas que são raríssimos os casais que conseguem viver, ao longo de várias décadas, uma experiência sentimental bonita, daquelas de encher o coração de alegria e os olhos de lágrimas, de tanta emoção.

As coisas costumam ser mal colocadas desde o começo. A grande maioria dos casamentos ocorre entre uma pessoa apaixonada e outra que prefere ser objeto da paixão. Enquanto a primeira – mais generosa – oferece, a segunda – mais egoísta – recebe. A mais generosa tem coragem de amar. A egoísta tem medo de sofrer e se protege da dor do amor ao não se abrir demais para a relação. As uniões desse tipo apresentam momentos bonitos, é claro. Possibilitam até mesmo uma vida sexual de permanente conquista. Sim, porque o egoísta nunca se entrega totalmente ao outro, de modo que o generoso estará sempre tentando conquistá-lo. Esse fenômeno costuma gerar alguns instantes de profundo encontro, mas são momentos vãos, que logo se desfazem. E o corre-corre das brigas e da luta pela conquista volta.

No entanto, esse é apenas um dos aspectos da questão. Outro fator de peso está nas diferenças de temperamento (generosos e egoístas são bastante diferentes), de gosto e interesses. Na vida prática, no dia-a-dia, as divergências de opinião e a falta de um projeto comum provocam irritação permanente. E isso não vale só para as grandes diferenças. O cotidiano se faz realmente nas pequenas coisas: Onde vamos jantar? Que amigos vamos convidar? Onde vamos passar as férias? A que filme vamos assistir? Como agiremos com as crianças? O que faremos com os parentes? E assim por diante. São justamente estas pequenas contradições que provocam a irritação, a raiva e, portanto, a maioria das brigas. As afinidades aproximam as pessoas, enquanto as diferenças as afastam. Além do mais, a oposição é a raiz da inveja: o baixo inveja o alto; o gordo, o magro; o preguiçoso, o determinado; o introvertido, o sociável. E a inveja é inimiga do diálogo. Nesse tipo de união, as brigas serão o normal no relacionamento, e os momentos de encontro e harmonia serão exceções cada vez mais raras.

Eu disse que, do ponto de vista teórico, a felicidade romântica no casamento poderia ser bastante comum porque o amor não padece do desejo de novidade que tanto agrada ao sexo. Ao contrário, o amor é apego, é vontade de aconchego, de tranqüila intimidade. Trata-se de um sentimento que floresce e frutifica melhor quando tudo é exatamente igual e antigo. Gostamos da nossa casa, daquela velha roupa que nos agasalha tão bem. Gostamos de voltar aos mesmos lugares do passado, da nossa cidade, do nosso país. Queremos também sentir essa solidez e estabilidade com o nosso parceiro amoroso. Amor é paz e descanso e deriva justamente do fato de uma pessoa conhecer e entender bem a outra. Por isso, é importante que as afinidades, as semelhanças, predominem sobre as diferenças de temperamento, caráter e projetos de vida. Seres humanos parecidos poderão viver uma história de amor rica e de duração ilimitada. Não terão motivos para divergências. Não sentirão inveja.

Um último alerta – além da lição que se pode tirar da experiência, acima descrita, dos raros casais que vivem harmoniosamente – é que cada um deve procurar se unir a seu igual. Só assim o amor não será um momento fugaz. Para que a intimidade não se transforme em tédio e continue a ser rica e estimulante, é necessário que o casal faça planos em comum e que depois se empenhe em executá-los. De nada adianta fugir para uma ilha deserta para curtir a paixão maior. Quem fizer isso provavelmente voltará, depois de dois meses, decepcionado com a vida e com o amor. A vida é um veículo de duas rodas: só se equilibra em movimento. Para que duas pessoas se tornem uma unidade é preciso criar um objetivo: ter filhos, construir uma casa, um patrimônio, uma carreira profissional, um ideal… o conteúdo em si não interessa. Seja qual for, é a cumplicidade que o transforma em algo fundamental. Fazer planos é sempre uma aventura excitante. É sobre eles que mais adoramos sonhar juntos."

Do texto: A Riqueza de um Casamento Romântico, Flávio Gikovate - Março/2000





quinta-feira, 2 de junho de 2011

União Estável Homoafetiva

        


       Já era hora de escrevermos sobre essa grande conquista da sociedade brasileira. Como todos sabemos o Supremo Tribunal Federal reconheceu por unanimidade, no início de maio, a união estável de pessoas do mesmo sexo. Isso, com certeza, foi uma decisão histórica e que reflete mudanças em nosso país. Com essa decisão, as uniões de casais gays passam a ter respaldo e serem consideradas famílias, não precisando mais recorrer à Justiça para requererem os mesmos direitos básicos que os casais heterosexuais possuem.
       Como resultado, ações que envolvam casais homoafetivos passam a ser decididas nas varas de família e estas uniões ganham caráter de uniões estáveis, e não mais sociedades de fato como acontecia.
       Apesar da Constituição Federal de 1988 reconhecer como entidade familiar, passível de proteção estatal a união estável, apenas as uniões entre homem e mulher (art. 226 art. § 3.º), a restrição foi copiada para a lei que criou a união estável (Leis n.º 8971, de 29 de dezembro de 1994 e n.º 9278, de 10 de maio de 1996). Apesar de existirem de fato, as uniões gays não eram reconhecidas por direito, e os casais homossexuais recorriam a Justiça pelo direito a pensão, herança, adoção em conjunto, entre outros casos que agora não serão mais necessários, pois, assim como os héteros, casais gays serão vistos como um núcleo familiar.
     A lacuna na lei foi lembrada pelos ministros que entenderam que os princípios fundamentais da Constituição, como a dignidade humana, privacidade e o princípio de igualdade, devem prevalecer. Reconheceram também a importância da aprovação para a luta contra a discriminação. Com isso, os seis primeiros ministros a votarem no julgamento já garantiram o reconhecimento da união estável entre homossexuais.
      O reconhecimento pela lei nos mostra que a opção sexual não deve ser um critério para diferenciação ou discriminação de qualquer ordem, a família brasileira está mudando e essa questão é sem dúvida mais uma prova disso.
       A contribuição da unidade familiar pra a sociedade em geral é, sem dúvidas, de suma importância, sem levar em consideração questões religiosas. Muitas vezes essa questão é fortemente confundida com questões religiosas, pois as pessoas vivem a dicotomia do que acreditam ser certo ou errado. É certo que o modelo tradicional de família está deveras diferente do que era no passado. O respeito, amor, afetividade, educação, moral, são instituições sagradas para o seio familiar. Jamais a orientação sexual tornaria alguém incapaz de constituir família com esses princípios. Esperamos que este novo modelo de unidade familiar traga grandes contribuições à sociedade que anda carente desses princípios básicos.
       Apesar de ainda não terem o reconhecimento do casamento civil, que provavelmente será o  próximo passo a ser alcançado, já temos o reconhecimento legal e uma equiparação de direitos aos dos casais heterossexuais. Diz a constituição brasileira: “Todos os cidadãos são iguais perante a lei” , desta forma, os homossexuais devem estar incluídos nessa afirmação.








Referências:












terça-feira, 31 de maio de 2011

31 de Maio - Dia Mundial de Combate ao Fumo

O Sexualizando apóia o dia Mundial de Combate ao Fumo pois todos sabemos dos malefícios que o cigarro traz à nossa saúde. Inúmeras doenças são causadas pelo fumo, inclusive a impotência sexual. Mulheres, especialmente as que têm mais de 35 anos, que tomam pílula anticoncepcional e fumam, têm um risco aumentado de infarto e problemas cardíacos.
A fumaça do tabaco é perigosa para não-fumantes, a exposição a ela aumenta os riscos de não-fumantes terem os mesmos problemas que fumantes. Um não-fumante, num ambiente cheio de fumaça por 1 hora, tem sobre seu organismo os mesmos efeitos de quem fumou 10 ou mais cigarros. Um estudo demonstrou que a taxa de câncer de pulmão entre mulheres não-fumantes dependia de quantos cigarros seus maridos fumavam. Quanto mais cigarros a pessoa fuma, maiores as chances de adoecer.



Conheça o cigarro por dentro:

- A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas diferentes; constituída de duas fases: a fase particulada e a fase gasosa. A fase gasosa é composta, entre outros, por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.


- O alcatrão é um composto de mais de 40 substâncias comprovadamente cancerígenas, formado à partir da combustão dos derivados do tabaco. Entre elas, o arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, resíduos de agrotóxicos, substâncias radioativas, como o Polônio 210, acetona, naftalina e até fósforo P4/P6, substâncias usadas para veneno de rato.

- O monóxido de carbono (CO) se junta à hemoglobina (Hb) presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para todos os órgãos do corpo, dificultando a oxigenação do sangue, privando alguns órgãos do oxigênio e causando doenças como a aterosclerose.


- A nicotina é considerada pela Organização Mundial da Saúde/OMS uma droga psicoativa que causa dependência. A nicotina age no sistema nervoso central como a cocaína, com uma diferença: chega em torno de 9 segundos ao cérebro. Por isso, o tabagismo é classificado como doença estando inserido no Código Internacional de Doenças (CID-10) no grupo de transtornos mentais e de comportamento devido ao uso de substância psicoativa.
 

Evite a primeira tragada!!!!! Saúde para todos!!


Referências:
http://www.temmais.com/blog/saude/?param=0509
http://www.sfiec.org.br/noticias/fumo300505.htm





quarta-feira, 18 de maio de 2011

Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente

No Brasil, no dia 18 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente. No link abaixo está um texto muito interessante sobre este dia tão importante, afinal de contas 'o perigo pode morar ao nosso lado', pois como sabemos independe de classe social, raça ou nível de escolaridade. O texto aborda desde a diferença entre abusador e pedófilo, até como agir se descobrir um caso de abuso sexual na família.


http://msn.bolsademulher.com/familia/abuso-sexual-de-criancas-105748.html



terça-feira, 17 de maio de 2011

LAB- O planeta que fabricava bebês


“LAB - O Planeta que fabricava bebês” é o título do livro lançado, hoje, pela psicóloga Kátia Maria Straube, nas Livrarias Curitiba. O livro conta a história do planeta LAB, pertencente à Galáxia Proveta, um lugar distante do Universo, onde os habitantes mais velhos tentam descobrir porque algumas pessoas são mais tristes do que as outras e concluem: não conseguiam gerar filhos. Os texto são simples e as ilustrações divertidas, fazendo com que as crianças entendam, de modo natural, a reprodução artificial. As ilustrações são de Eliane C. Ramos. O livro é resultado de uma tese de mestrado e da experiência da psicóloga em Reprodução Assistida.
Lab – O Planeta que fabricava bebês é uma obra didática - inédita nesta temática no Brasil - que responde aos questionamentos do público infantil, desmistificando a infertilidade como um estigma que acompanha as pessoas que não conseguem conceber um filho. Adaptado à realidade brasileira, serve como ferramenta para os pais que se interessam em abordar o tema com os filhos. ~




Pode ser adquirido na forma de combo (foto) = livro + 2 jogos, 25 reais nas Livrarias Curitiba. Os jogos educativos, lançados pela psicopedagoga Regina Pianovski, também são relacionados à medicina reprodutiva. Vale a pena!






quarta-feira, 11 de maio de 2011

Impotência Sexual









O Programa Bem Estar da Rede Globo mostrou hoje uma matéria bem interessante a respeito de impotência sexual, estima-se que ela atinja 25 milhões de brasileiros.
Vale a pena dar uma olhada no link :                        http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/05/impotencia-sexual-atinge-25-milhoes-de-brasileiros-acima-dos-18-anos.html






terça-feira, 3 de maio de 2011

Foucault - “dispositivo da sexualidade” - arte e resistência feminista.

Encontrei esse artigo muito interessante em que a autora analisa o feminismo e a sexualidade sob a perspectiva de Foucault, sexualidade sociologicamente discutida!! É só clicar no link!


Esse texto explora as intersecções estabelecidas entre a produção artística e a crítica cultural feminista, focalizando as poéticas visuais das artistas Márcia X., Fernanda Magalhães e Rosângela Rennó. Evidencia a permanência do “dispositivo da sexualidade” na contemporaneidade, na perspectiva aberta por Foucault, ao que procura contrapor as formas da resistência feminista encontradas em instalações, performances e objetos artisticamente construídos a partir de um olhar diferenciado, que visam provocar e polemizar com as verdades instituídas, em especial em relação ao corpo feminino, à sexualidade e à subjetividade.


http://vsites.unb.br/ih/his/gefem/labrys11/ecrivaines/luana.htm




segunda-feira, 2 de maio de 2011

Dispareunia e Fisioterapia


Na postagem de hoje contamos com a contribuição da estudante de Fisioterapia, Alessandra Martiniano Fernandes, falando sobre Dispareunia e Fisioterapia. A Alessandra desenvolve um trabalho muito importante e gratuito em mulheres com Dispareunia, em São Paulo.

As disfunções sexuais femininas (DSF) repercutem diretamente na qualidade de vida, gerando um importante problema de saúde1. A dispareunia é uma disfunção sexual feminina onde ocorre uma desordem de desejo, excitação, dor durante e/ou após o intercurso da atividade sexual. A repercussão é altamente significativa na qualidade de vida sexual, principalmente por resultar em angústia pessoal e impactar em relacionamentos interpessoais; tornando um problema de saúde1,2.
As causas da disfunção sexual são multifatoriais, podendo ser por alterações musculoesqueléticas, hipotonia ou hipertonia; causas de estado de saúde; diabetes; doença cardiovascular; comorbidade genitourinária. Entre as causas psicogênicas podem estar presentes os fatores educacionais, familiares, psíquicos profundos e também a ansiedade de desempenho. Entre as causas orgânicas, temos o uso de medicações, as deficiências hormonais, e as doenças sistêmicas1,3,4.
O diagnóstico da dispareunia é baseado em dados clínicos obtidos por uma anamnese específica que através de uma minuciosa investigação da dor ao intercurso sexual; tonicidade do assoalho pélvico; excitação, exame físico, exames laboratoriais, além da avaliação ginecológica1,6
A fisioterapia nas disfunções sexuais apresenta diversos recursos terapêuticos, tais como: treino de percepção corporal com exercícios focais envolvendo os músculos do assoalho pélvico (MAP), cinésioterapia, biofeedback, eletroestimulação e cones vaginais1.

Os atendimentos são realizados em São Paulo, na zona norte, e individuais, com duração de três meses. As mulheres devem ser sexualmente ativas em um relacionamento heterosexual estável por pelo menos 6 meses. Para mais informações: alessandra_mf@ig.com.br.

Obrigada Alessandra e parabéns pelo seu trabalho!





Referências
1. Scanavino MT. Disfunção Sexual Feminina. In: Etienne MA, Waitman CM. Disfunções Sexuais Femininas: a fisioterapia como recurso terapêutico. São Paulo: LMP; 2006. p.55-63.
2. Ros CT,Graziottin TM, Lopes GP. Disfunção Sexual Feminina. In: Palma PCR. Urofisioterapia: Aplicações clínicas das técnicas fisioterapêuticas nas disfunções miccionais e do assoalho pélvico. Campinas/SP: Personal Link; 2009. p.475-482.
3. Etiene MA, Waitman MC. A Fisioterapia e as Disfunções Sexuais Feminina. In: Etienne MA, Waitman CM. Disfunções Sexuais Femininas: a fisioterapia como recurso terapêutico. São Paulo: LMP; 2006. p.65-102.
4. Cabral R, Faria LCA. Sexualidade. In: Cabral R, Faria LCA. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan p.270-279.
5. Piassarolli VP, Hardy E, Andrade NF, Ferreira NO, Duarte Osis MJD. Treinamento dos músculos do assoalho pélvico nas disfunções sexuais femininas. Campinas/SP 2010.
6. Etiene MA, Waitman MC. Incontinência Urinária e Disfunção Sexual. In: Etienne MA, Waitman CM. Disfunções Sexuais Femininas: a fisioterapia como recurso terapêutico. São Paulo: LMP; 2006. p.195-200.





terça-feira, 26 de abril de 2011

Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial

Hoje é o dia nacional de combate a hipertensão. Estima-se que no Brasil, 20% da população adulta seja hipertensa. O Ministério da Saúde acredita que 15 milhões de hipertensos desconhecem que sofrem do mal. Atualmente, a hipertensão é a doença cardiovascular mais frequente no país, principalmente entre idosos. Contudo, não só idosos que sofrem do mal, gestantes e crianças também devem tomar cuidado. E a prevenção é o melhor remédio!

Cabe lembrar que a hipertensão pode favorecer e/ou causar disfunção erétil e também é comum, quando o tratamento da hipertensão arterial não é bem conduzido, ter como efeito colateral a disfunção erétil, seja pela ação dos medicamentos hipertensivos utitilizados, seja pela diminuição da pressão sanguínea do pênis.





terça-feira, 19 de abril de 2011

Mudanças no Blog


Queridos Leitores,

Vim pedir desculpas pela 'pequena' confusão em nosso blog...as mudanças estão quase prontas e espero que todos gostem! Particularmente estou adorando criar e fazer essas mudanças na companhia do nosso designer João Diego Schimansky.
Além do novo visual, agora temos uma assinatura para cada postagem. Essas assinaturas estarão divididas em temas e ficarão ao final de cada texto (alguns textos já possuem).


Aos poucos as mudanças estão acontecendo!
Estamos também no facebook (sexualizando) e no twitter (b_sexualizando)!







quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cara ou Coroa


Na revista Joyce Pascowitch do mês de março (2011) há uma reportagem íncrivel de nome Cara ou Coroa, feita por Adriana Nazarian. É uma entrevista exclusiva com um dos maiores especialistas em Sexualidade no Brasil, o Psiquiatra e Psicodramatista Dr. Alexandre Saadeh. A meu ver ele consegue falar sobre dois temas super polêmicos de uma forma clara, compreensível e com a visão mais atualizada que temos dentro do estudo da Sexualidade Humana. Por isso, trouxemos para nossos leitores esta entrevista, na íntegra!

JP - Afinal, a homossexualidade é uma imposição do corpo ou da mente?

A.S.: A identidade e a orientação sexuais são definidas até os 3, 4 anos de idade. A identidade é a noção de ser homem ou mulher, e a orientação é a parceria sexual que você busca. Hoje, pesquisas de desenvolvimento cerebral intrauterino mostram que a existência de certo componente biológico é capaz de influenciar esse processo de definição. E a questão ambiental também conta. É esse conjunto de fatores que determina a orientação sexual. Não é uma opção, nem uma escolha. Muitas vezes, algum comportamento homossexual pode se manifestar na adolescência, o que não necessariamente irá configurar a pessoa como homossexual. Essa questão se caracteriza na fase adulta.

JP - A vontade de experimentar relações sexuais diversas, principalmente na adolescência, sempre existiu ou é um fenômeno dos dias de hoje?

A.S.: Isso sempre existiu. O troca-troca, as meninas treinando beijos com outras meninas... A diferença é que tudo acontecia por baixo do pano.

JP - Há mais homossexuais hoje do que no passado? Ou atualmente há mais espaço para se assumir?

A.S.: O número não aumentou, continua na proporção de 6% a 10% da população, dependendo do país. Existem cidades consideradas gays, é o caso de São Paulo, Buenos Aires, São Francisco, Nova York, mas isso acontece simplesmente porque essas pessoas buscaram esses locais para viver.

JP- Até em forma de brincadeira muita gente fala que não existe ex-homossexual. Afinal, existe?

A.S.: Não. O que existe são homossexuais que optam – e isso é uma escolha – por não transar com o objeto de desejo. Todo homossexual, masculino ou feminino, passa por um momento de sofrimento ao se perceber diferente da maioria. Alguns preferem não exercer a homossexualidade, ou seja, decidem casar com alguém do sexo oposto. Certamente vão transar menos com a esposa ou o marido. O individuo vai continuar com desejos de um homossexual, só que reprimidos.

JP- É possível ser feliz assim?

A.S.: O individuo em questão dirá que sim. Mas a verdade é que está excluído de sua própria vida. Tenho minhas duvidas se isso é ser feliz.

JP- Como definir o transexual?

A.S.: É aquele individuo que nasce com uma definição anatômica: ou é homem, ou é mulher, mas durante seu desenvolvimento, a identidade psíquica não bate com a física. É como se a pessoa nascesse no corpo errado. E o sofrimento é grande, pois todos cobram para que ela seja condizente com o sexo anatômico.

JP- O que causa essa sensação de estar no corpo errado?

A.S.: A principal teoria hoje é relacionada com o desenvolvimento do cérebro durante a gestação. É como se fosse uma má-formação decorrente dos hormônios masculinos que circulam no corpo da mãe durante a gravidez e, dependendo da fase, o cérebro vai desenvolver para um lado ou outro. A origem é química e gera uma estrutura funcional diferenciado. A noção de ser homem ou mulher acontece por volta dos 4 anos de idade. Nesse caso, mais uma vez tem a ver com questões biológicas, mas também com a estrutura familiar. Alguns fatos são marcantes no trabalho com transexuais, como um pai violento, ou a necessidade de complementar a mãe. Existem esses fatores psicológicos, porem a transexualidade não aconteceria se não houvesse a predisposição biológica.

JP- E como é o comportamento desde a infância?

A.S.: Existem muitos transtornos de identidade de gênero na infância que não vão evoluir necessariamente para o diagnóstico de transexual. É muito comum, por exemplo, crianças quererem experimentar a roupa da irmã, mas trata-se de uma brincadeira entre os gêneros. Mal comparando, acontece o mesmo no carnaval. Homens se vestem de mulher, o que não significa que sejam gays.

JP- É muito mais comum ver homens fantasiados de mulher do que mulheres de homem. Por quê?

A.S.: Isso acontece no Brasil, mas na maioria dos países é mais freqüente. É uma questão cultural. É muito comum, por exemplo, mulheres descobrirem que são homossexuais só depois de se casar e ter filhos. Elas não sabiam dessa condição antes? Tinham noção, mas o sentimento estava reprimido, afinal existe um papel a ser cumprido na sociedade.

JP- Como a família deve lidar com crianças que se vestem com roupas do sexo oposto?

A.S.: Quando passa a ser vital, quando ela sofre por não poder brincar. Qualquer escorregada facilita a situação e, dependendo da idade, pode ser determinante. Não estou dizendo que existe um jeito certo de ser, nem que o legal é o menino ser homem, ou a menina ser mulher, mas a verdade é que na nossa cultura ninguém espera um filho homossexual, ou transexual. A criança nasceu e está na maternidade: ou é azul ou é rosa. Existem crianças que já estarão definidas e aí não há outro jeito senão facilitar.

JP- Na pratica, qual a diferença entre transexual e homossexual? Um homem gay, por exemplo, com comportamento mais afeminado, gostaria de ter nascido no corpo de uma mulher?

A.S.: Não. Ele gosta do corpo dele, curte ter pelos e tem prazer em ejacular. E também gosta do corpo de outro homem, pode ser mais delicado, mas isso não faz com que queira ser mulher. E tem a questão do papel de gênero que é o quanto eu manifesto isso socialmente. Fora do Brasil, grande parte das drag queens, por exemplo, não é homossexual. São heterossexuais que vivem esse papel feminino de forma quase teatral. No dia a dia são homens casados e com filhos.

JP- O transexual sempre vai querer fazer a cirurgia para ter uma vida melhor?

A.S.: Não basta ser transexual para fazer a cirurgia. Por ser irreversível, a indicação deve ser muito precisa. Além disso, existe um longo processo pré-operatório. É preciso viver no gênero desejado, ser aceito socialmente, tomar hormônio. A psicoterapia, a avaliação psiquiátrica e psicológica por no mínimo dois anos também são imprescindíveis. É preciso esperar o tempo especificado pelo conselho de medicina.

JP- Como é a vida depois?

A.S.: Depende. A maioria das minhas pacientes operadas está estável. Como no passado o processo era lento (desde 2008, o SUS realiza duas cirurgias por mês), elas esperaram muitos anos e tivemos a oportunidade de discutir diversos assuntos na terapia. Elas sabem que não serão mulheres completas, apesar de estarem o mais próximo possível disso. Serão inférteis e já na menopausa, independente da idade. Sempre brinco com minhas pacientes levantando a questão: “O que tem de bom em se tornar mulher? Vocês precisam ser bonitas, magras, boas executivas, saber transar...”. Elas sabem que ser mulher não é fácil no mundo moderno.

JP- Existem mais homens querendo fazer a cirurgia?

A.S.: Na maioria dos países, é mais comum ter homens querendo trocar de sexo. Existem apenas dois países em que essa proporção se inverte: República Tcheca e Polônia, mas o curioso é que não se sabe o motivo.

JP- Como é a curirgia em mulheres que gostariam de ser homens?

A.S.: No Brasil, desde agosto do ano passado, ficou estabelecido que todo o procedimento cirúrgico está liberado (retirada das mamas, dos ovários, do útero) com exceção da neofaloplastia (construção do pênis). Essa etapa é um processo experimental que só pode ser realizada em hospital escola, como o HC, e hospitais públicos ligados à pesquisa. E nem todos os pacientes optam por essa etapa porque não é tão perfeita ou funcional; é como se houvesse uma prótese o tempo inteiro.

JP- Como é feita a triagem de quem pode ser operado?

A.S.: No último ano, cerca de 30% dos pacientes que me procuraram tinham algum transtorno de identidade de gênero, mas não eram transexuais. Recebo muitos pacientes supermasculinos que buscam a cirurgia sem nunca ter vivido como mulher. Acreditam que a vagina justifica a transformação e isso não é real. Outra coisa é que cada vez mais adolescentes me procuram.

JP- Os parceiros costumam aceitar homens que se tornaram mulheres?

A.S.: A aceitação é comum, pois costumam ser mulheres bem mais carinhosas. Além disso, elas têm - e dão – um prazer diferenciado para o parceiro. Mas, apesar dessas vantagens, é claro que, se a grande maioria pudesse escolher, preferiria já ter nascido no corpo definido. O mesmo vale para homossexuais: em geral, eles gostariam de ter nascido hétero, pois não se enfrenta grandes dificuldades sociais.

JP- A presença de uma transexual no Big Brother e o aparecimento na mídia da modelo Lea T. ajudam a lidar com o preconceito?

A.S.: De alguma forma sim, porque divulga o tema. Mas não devemos colocar essas personalidades como paradigmas, nem exemplo máximo de transexual. Para algumas transexuais, a Ariadna se comportou de forma ofensiva. A Lea T. já é uma figura mais interessante, modelo da Givenchy e superdiscreta. Ser transexual é a mesma coisa que ser homossexual: é uma característica da pessoa e não designa um aspecto de personalidade. Não faz o ser humano ser mais ou menos honesto, melhor ou ou pior. É a mesma coisa que ter cabelo loiro, ou olho azul: não há nada de cunho moral e ético envolvido no fato de ser transexual ou homossexual.

JP- Por que você escolheu essa área específica?

A.S.: Não foi uma escolha. Quando eu trabalhava no ProSex, projeto de sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, recebíamos alguns transexuais, mas o único tratamento era a terapia. Em 1997, o conselho de medicina estabeleceu a primeira resolução e o instituto precisava de alguém experiente na área de sexualidade e psicoterapia para trabalhar com essa população. Topei o desafio. Tive de estudar, entender tudo o que acontecia nesse universo e acabei fazendo meu doutorado em cima do tema. No começo eu era muito preconceituoso, por pura ignorância. Achava estranho conversar com uma pessoa vestida de mulher com traços masculinos. Hoje, lido com a maior naturalidade e algumas das minhas experiências profissionais mais emocionantes foram com transexuais. Sou padrinho de casamento, por exemplo, da primeira paciente que acompanhei. Hoje sou grato pela oportunidade. Muitas vezes, o problema está no nosso olhar.

JP- Como os transexuais eram tratados no passado?

A.S.: Existem grandes diferenças entre o Brasil e outros países. A situação dos transexuais é muito mais evoluída em lugares como Estados Unidos e Canadá, onde a cirurgia, o tratamento hormonal e o acompanhamento existem desde os anos 50. No Brasil, a classe médica enxergava o transexual com cuidado, até por conta do caso Roberto Farina, famoso nos anos 70 (em 1978, o cirurgião Roberto Farina foi condenado por realizar, em 1971, a primeira cirurgia do gênero no país. O processo foi movido pelo Conselho Federal de Medicina, porém o médico foi absolvido na seqüência. A Justiça entendeu na época que a cirurgia foi uma medida adotada para diminuir o sofrimento do paciente). E naquela época, até na faculdade de medicina, o transexual era sinônimo de prostituição, junto com travesti. Desde 1997, a situação melhorou, temos mais profissionais interessados no assunto e bons cirurgiões. Hoje, os transexuais brasileiros não precisam viajar ao Equador, Marrocos, ou até a Tailândia, como a Ariadna, para serem operados.

JP- E como o senhor acha que será no futuro?

A.S.: Acredito que o enfoque será cada vez mais em idades precoces. Da mesma maneira que os adolescentes estão chegando, as crianças também devem aparecer. Os pais vão trazer os filhos para orientação. O sofrimento será menor, e a inclusão, maior. Já o preconceito sempre existirá. Quando se trata de comportamento e vida humana, não há um padrão, nem certo ou errado. Existem possibilidades.




Entrevista com Dr. Alexandre Saadeh, por Adriana Nazarian. Joyce Pascowitch(mar/2011)




terça-feira, 12 de abril de 2011

Sexo pós-parto

    Depois que o bebê nasce, o cansaço e a falta de tempo, em geral, causam um afastamento entre o casal. Por causa disso, retomar a vida sexual no pós-parto nem sempre é uma tarefa fácil para muitos dos novos pais. Como lidar com tudo isso e não deixar a relação esfriar?
    Este pequeno post tenta explicar resumidamente, as transformações ocorridas na vida do casal e no corpo da mulher depois da gravidez,qualquer dúvida é só postar um comentário.
    O parto constitui-se num processo de transição que coloca um ponto final no estado da gravidez e dá início ao puerpério ou pós-parto.
    Esta nova fase abrange um período de cerca de quarenta dias e se apresenta com características altamente relevantes para as pessoas envolvidas e, em especial, para a puérpera.
   Durante os longos meses de gestação, a mulher foi se adaptando às transformações internas e externas que ocorriam lenta e gradualmente. Todos à sua volta eram-lhe solícitos aos seus desejos e cuidados. Ela era o centro das atenções.
Com o nascimento do bebê, nasce uma família. As mudanças são bruscas e tudo muda em sua vida. Ocorre, então, uma mistura profunda de sentimentos: alívio e euforia por já ter passado pela experiência do parto e por ter sido constatado que o bebê nasceu perfeito e saudável, o que aumenta sua autoconfiança por ter sido capaz de procriar bem.
    Os primeiros dez dias do pós-parto são os piores. Com os seios inchados e doloridos e ainda sentindo dores se o parto foi cesárea ou mesmo normal, por causa da episiotomia (corte de cerca de quatro centímetros feito no períneo, antes do bebê nascer, para proteger os tecidos contra roturas e lacerações), o próprio estresse físico e emocional do trabalho do parto, a perda do ninho protetor que era o hospital, o não reconhecimento do próprio corpo, os deveres que a esperam, sem saber se dará conta, sua vida pessoal e profissional, tudo isso contribui para o aparecimento do baby blues ou depressão pós-parto. Neste momento, torna-se fundamentalmente necessário o apoio familiar e de amigos, que auxiliem e estimulem a puérpera a exercer suas atividades maternas, revezando-as com ela, para que também possa descansar.
    O confronto com o corpo atual é um aspecto difícil a ser superado, pois já havia se acostumado com a imagem do corpo grávido. Embora vazio, não o reconhece como sendo o mesmo anterior à gravidez e em nenhum outro momento de sua vida. A abstinência sexual vem fortalecer o sentido de fealdade na mulher, de perda da sensualidade e do poder de sedução e que a leva, muitas vezes, a suspeitar da fidelidade do companheiro.
    Os homens podem se sentir mais animados que as mulheres para o retorno à vida sexual e isso pode ser explicado através do fator hormonal, depois do parto as mulheres sofrem uma queda na testosterona, o hormônio responsável pela libido. Também entra em ação a prolactina, produzida pela hipófise, responsável pela produção de leite. Ela também inibe o funcionamento dos ovários que não produzem os hormônios responsáveis pelo desejo da mulher. Entretanto o homem também pode se sentir excluído depois que o bebe nasce e se ver numa situação contraditória de pai e amante, o que pode por vezes atrasar o desejo neles também.
   Decididamente, o pós-parto é um período muito delicado, porém riquíssimo em aprendizagens. Pais e filhos estarão exercendo a capacidade de se conhecer e de se reconhecer como família. Amor, carinho respeito e compreensão, são fundamentais nessa fase, mas acima de tudo o diálogo é fundamental entre o casal, para que se recupere a paixão que os transformou em uma família.
   E vocês? Como passaram por essa fase? Ou ainda estão passando? Conte-nos a sua experiência! Um grande abraço a todos!
  
FONTE: bebe.abril.com.br
              http://www.abcdasaude.com.br/
              guiadobebe.uol.com.br
              familia.sapo.pt




quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dia Mundial da Saúde

Estou um pouco atrasada na postagem para comemoração de um dia tão importante, já passa de meia-noite, então não é mais dia 7, mas esse atraso tem bons motivos, as 24 horas têm sido insuficientes para um dia.
No dia 7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde, data criada em 1948, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). E em comemoração a data de hoje, ou melhor, de ontem, estamos preparando muitas mudanças aqui em nosso blog e para que isso aconteça, vamos contar com a ajuda de um patrocínio!


Aguardem nossas mudanças em breve!





quarta-feira, 6 de abril de 2011

Fisioterapia Uro-Ginecológica


É ainda bem desconhecido das pessoas o campo da saúde que cuida da sexualidade humana. Esta é uma área, onde não atuam somente ginecologistas ou urologistas, mas sim, uma equipe especializada de profissionais de diversas áreas da saúde.
O trabalho transdisciplinar é enriquecedor para a equipe e principalmente, para o paciente. Assim os resultados tornam-se mais satisfatórios e por vezes, mais rápidos. Hoje vamos trazer o texto da Dra. Claudia Guimarães para nos explicar o que é fisioterapia uro-ginecológica e quais seus benefícios para a sexualidade humana.

A fisioterapia uro-ginecológica tem como objetivo o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. Quando esses músculos estão enfraquecidos podem aparecer problemas relacionados com a disfunção sexual, incontinência urinária (perda involuntária da urina) e qualidade de vida das pessoas.
Os tratamentos para incontinência urinária, diminuição da lubrificação vaginal, perda do libido, falta do orgasmo, vaginismo (dificuldade em relaxar a musculatura vaginal), dispareunia (dores no momento da relação sexual) podem obter excelentes resultados com o auxilio da fisioterapia uro-ginecológica.
Esses tratamentos são realizados com aparelhos de última geração, onde se inclui o biofeedback, eletroestimulação e exercícios perineais. Porém, vale lembrar que em todos os casos prevenir é a melhor solução.



Contribuição: Dra. Cláudia Guimarães (Body & Health, Urocentro e Hospital São Lucas – Curitiba/PR)





quarta-feira, 16 de março de 2011

Deficiência Androgenica Masculina


Durante o envelhecimento masculino sinais e sintomas como: diminuição de massa e força muscular, diminuição da libido e dos pêlos pubianos, aumento de gordura abdominal, principalmente visceral com resistência à insulina e perfil lipídico aterogênico, osteopenia, diminuição do desempenho cognitivo, depressão, insônia, sudorese e diminuição da sensação de bem-estar geral, são associados ao declínio gradual das funções gonadais. Perda de interesse sexual e problemas de ereção também podem fazer parte deste quadro.
A diminuição de níveis de testosterona é só um dos fatores responsáveis por seus sintomas, pois sua etiologia é multifatorial. Sendo assim, o diagnóstico da deficiência androgênica no envelhecimento masculino deve levar em consideração os sintomas clínicos e a bioquímica, com dosagens de testosterona abaixo do nível mínimo para jovens adultos. Este processo é conhecido como andropausa ou ADAM (deficiência androgênica no envelhecimento masculino), ou ainda, PADAM (deficiência androgênica parcial do envelhecimento masculino).
De acordo com o estudo Massachusetts do envelhecimento masculino, a partir dos 40 anos, ocorre uma diminuição anual de 1,2% dos níveis circulantes de testosterona livre e de 1,0% dos níveis de testosterona ligada a albumina e, também, um aumento de cerca de 1,2% dos níveis de globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG). A tendência de queda da testosterona total seria em 1,6% ao ano. Com o aumento dos níveis da SHBG associada a menor produção androgênica, ocorre uma diminuição da testosterona biodisponível, lembrando que esta está relacionada à atividade sexual.
Determinados hábitos de vida e o estresse são alguns fatores que podem contribuir para uma insuficiência androgênica mais precoce. Contudo, é possível reduzir os sintomas dessas alterações quando feito o uso de tratamentos apropriados, como a terapia de reposição hormonal. Aos primeiros sintomas, é importantíssimo procurar um profissional qualificado para estabelecer um diagnóstico preciso, a fim de combater, não só os sintomas, mas também melhorar a qualidade de vida.




Tan & Philip (1999)
Martits & Costa (2004)
Bonaccorsi (2001)
Gray et al. (1991)
Pfeilschifter et al. e Nilsson et al apud Vermeulen (2001)


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Para refletir



Como você explicaria ao seu filho o que é masturbação? Este trecho do filme brasileiro Sexo com Amor mostra uma situação que para a maioria dos pais é bem embaraçosa e difícil. Falar sobre sexualidade com os filhos não é nada fácil. Mas como agir quando uma situação como esta acontece dentro da sua casa? O que falar?



domingo, 13 de fevereiro de 2011

O Relacionamento Conjugal


Cada membro de um casal tem uma história de vida única, que figura sua maneira de ser. No casamento, teremos então dois universos diferentes num encontro íntimo e intenso. Bem, gerar tensão torna-se natural quando há o encontro de dois mundos distintos. Contudo, essa tensão precisa ser enfrentada, pois poderá enriquecer ou empobrecer o relacionamento, dependendo do modo como for elaborada. Assim, a maneira como o casal se estrutura com suas diferenças e semelhanças, irá traçar o futuro da família. E o par tem ainda o grande desafio de viabilizar uma relação sadia. E tem como estruturar a relação sem oprimir o outro? É preciso saber lidar com as diferenças. Conflitos insuperáveis ou falsas soluções podem ser gerados pela dificuldade em se trabalhar as diferenças. Quando a manipulação e o autoritarismo estão presentes, o que define a relação é a luta pelo poder, pois o detentor do poder poderá neutralizar o outro. E quando subjugada, a pessoa deixa de existir com autonomia. Se nega as diferenças.
A dedicação excessiva com o trabalho ou outra atividade também é um exemplo de dificuldade em lidar, construtivamente, com o diferente. Na medida em que as energias são, em grande parte, direcionadas para as tarefas executadas, sobra pouco tempo para o relacionamento, contornando a questão das diferenças. Entretanto, falsas soluções também têm um preço. Uma hostilidade crescente pode ser gerada pela permanente frustração, e o clima de irritabilidade pode se tornar constante no relacionamento de muitos casais.
E como é possível caminhar para um relacionamento verdadeiro? Não há fórmulas, e assim como outras questões importantes da vida, não é tão simples, diria que é uma tarefa bem complexa. A forma tomada será construída pelo casal, com ajustes perfeitos e naturais. É necessário reconhecer a relação como um processo, algo em permanente construção. Isto implica em:
- Sair de si e ir ao encontro do diferente. Participar do mundo do outro, rompendo com o individualismo.
- Elaborar juntos um projeto de vida
- Estar permanentemente em risco. Construir, fazer, arriscar.
- Ser capaz de lidar construtivamente com conflitos e tensões.
- Deixar o imediatismo, ter uma paciência madura para caminhar passo a passo.
- Ser flexível.
A vivência conjugal pode ser vista como um exercício de democracia, em que se convive com as diferenças. Encontrar o outro, entrelaçar experiências distintas traz muitas possibilidades e, como toda possibilidade, há riscos e armadilhas. Entretanto é preciso aproveitar a riqueza das situações para aprender e crescer. E para empreender esta caminhada tão delicada, há necessidade de auxilio mútuo e companheirismo. Estar lado a lado não permite a disputa pelo poder. A verdadeira relação amorosa procura entender o outro a partir de seu próprio mundo e trabalha para desabrochar e desenvolver do outro. O companheiro esta AO LADO para partilhar e participar deste florescer constante que é a dinâmica da vida.




(Do texto original Caminhar Juntos do Dr. Almir Linhares de Faria)