quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Gravidez tardia



A tendência de aumento da faixa etária reprodutiva da mulher é um fenômeno que pode ter origens biológicas e culturais. O que vemos é que cada vez mais mulheres engravidam tardiamente. Muitas mulheres estão adiando a gestação pela dificuldade em ter filhos mais cedo ou por planejá-la depois de atingir estabilidade profissional e financeira. A porcentagem de mulheres, com mais de 40 anos, que buscam tratamentos para engravidar dobrou de 1990 para 2002, a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), mostra que esse número passou de 7% para 14%.
Por mais que haja uma preocupação com a vida profissional, o sonho de ser mãe – de forma natural ou artificial – continua existindo. Para o ginecologista Paulo Gallo, a procura por métodos para engravidar ‘mais tarde’ está relacionada a uma nova realidade feminina. Antigamente, a sociedade exigia de uma mulher apenas formar uma família, o que fazia com que as mulheres pensassem apenas em se casarem e terem filhos. Atualmente, a mulher vive um processo de mudança dessa realidade. Ela quer se dedicar aos estudos, à profissão, e, por isso, acaba deixando para depois a gravidez.
Contudo, a gravidez tardia não é para todas, pois a partir dos 25 anos de idade a taxa de fertilidade começa a cair e aos 40 anos, despenca. Com o avançar da idade, os óvulos também perdem em qualidade e os riscos tornam-se mais preocupantes. As chances de haver complicações e problemas para a mãe e o bebe são maiores, quando a mulher está mais perto da menopausa. Podem ocorrer abortos e partos prematuros. A Síndrome de Down também é mais comum entre bebes de mães mais velhas. Este risco é maior ao se pensar na probabilidade entre uma mãe de 30 anos e uma mãe de 40 anos, mesmo assim a ocorrência ainda é muito pequena. Com relação ao câncer de mama, o que aumenta a probabilidade de se contrair o tumor não é a gravidez tardia, e sim, por não ter engravidado antes. Isto porque, a gestação confere uma espécie de proteção contra a doença, afirma o ginecologista.


Baseado no texto publicado em 05/01/2011 no site MSN – Bolsa de Mulher.

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